Polícia Militar faz abordagens: o projeto prevê bônus de R$ 2 mil por policial caso metas para reduzir o número de roubos, furtos, latrocínios e homicídios dolosos sejam atingidas (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 08h55.
São Paulo - O plano de bônus e metas anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para tentar reduzir a criminalidade em São Paulo desagradou tanto aos policiais civis quanto aos militares. Eles afirmam que a proposta causa descontentamento por criar distinções salariais e agrava a rivalidade entre as polícias.
"É mais um besteirol palaciano, um desestímulo à categoria", afirma o coronel Salvador Pettinato Neto, presidente da Associação dos Oficiais da PM.
"A solução seria aumentar o salário dos policiais militares, pois o projeto vai beneficiar alguns, mas outros ficarão sem benefícios", diz Antônio Carlos do Amaral Duca, vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM.
O projeto prevê bônus de R$ 2 mil por policial caso metas trimestrais e regionais para reduzir o número de roubos, furtos e roubos de veículos e latrocínios e homicídios dolosos sejam atingidas.
"O governo deveria investir mais em inteligência e no aparelhamento da polícia. Vamos lutar na Assembleia Legislativa contra a aprovação deste projeto", disse João Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores e Escrivães.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que o plano é uma "política de valorização do mérito" que tem como "objetivo integrar as polícias no combate à criminalidade" e que costuma dar resultado onde é implementado. Informou ainda que deu reajustes de 36,59% nos últimos três anos, reduziu o tempo de promoções, contratou mais de 10 mil policiais e investirá R$ 17 bilhões em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.