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Bolsonaro sobre Manaus: "Tem gente morrendo no canto do hospital como se tivesse afogada"

Bolsonaro elogiou os esforços do Ministério da Saúde para tentar resolver a situação. Apesar dos elogios, Manaus segue com dificuldade para obter oxigênio

Covid-19: Pazuello classificou como "colapso" a situação vivida em Manus (facebook/Reprodução)

Covid-19: Pazuello classificou como "colapso" a situação vivida em Manus (facebook/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 15 de janeiro de 2021 às 06h50.

Última atualização em 15 de janeiro de 2021 às 08h14.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que pessoas estão morrendo nos hospitais de Manaus como se tivessem afogadas devido à falta de oxigênio durante uma severa nova onda da Covid-19 no Amazonas, e elogiou os esforços do Ministério da Saúde para tentar resolver a situação.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro elogiou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que estava ao seu lado, por ter ido a Manaus esta semana para dar uma resposta à crise vivida pelo Estado.

"Vai lá e resolve o assunto. Entra em contato com a Força Aérea, nosso ministro da Defesa, o brigadeiro da Aeronáutica. Precisamos de tantas aeronaves para levar oxigênio agora para Manaus. Tem gente que está morrendo no canto do hospital como se tivesse morrendo afogada. Imediamente as questões são resolvidas", disse Bolsonaro, que chamou Pazuello de "melhor gestor" para o Ministério da Saúde.

Apesar dos elogios de Bolsonaro a Pazuello, Manaus segue com dificuldade para obter oxigênio para seus hospitais, depois que aumento dos casos de Covid-19 levou a um aumento de seis vezes na demanda de oxigênio como suporte no tratamento dos pacientes com Covid-19.

Pazuello afirmou na mesma transmissão que seis aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira serão usadas para transportar oxigênio para Manaus, classificando como um "colapso" a situação vivida pela capital amazonense no enfrentamento à Covid-19.

Segundo o ministro, a produção de oxigênio para a cidade se manteve estável, a despeito do aumento de demanda na capital. Ele disse que haverá uma diminuição na oferta de oxigênio nos hospitais --não interrupção-- e que será priorizado o suporte de pacientes em UTIs.

"Manaus teve o pior momento da pandemia em abril do ano passado, já houve um colapso no atendimento e foi revertido. Agora estamos novamente numa situação extremamente grave", afirmou Pazuello.

"Considero, sim, que há um colapso no atendimento de saúde em Manaus", acrescentou.

O ministro relatou que atualmente há 480 pessoas numa fila esperando por um leito para terem direito a tratamento em Manaus. Desde o fim de semana o governo destacou uma equipe especial do Ministério da Saúde a fim de ajudar nas ações no Estado.

Bolsonaro também destacou durante a transmissão que a situação em Manaus está complicada.

O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) disse mais cedo à Reuters que o governo brasileiro também pediu ajuda aos Estados Unidos para que disponibilizem um avião militar que permita o transporte de oxigênio para Manaus.

Taambém nesta quinta-feira, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), admitiu que o Estado está enfrentando seu pior momento na pandemia de Covid-19, com dificuldades especialmente para a aquisição de oxigênio, em meio a uma nova disparada na contagem de casos e óbitos em decorrência da doença.

Segundo a Secretaria de Saúde amazonense, o Estado foi comunicado na noite de quarta-feira, pela empresa responsável, do colapso do plano logístico para algumas entregas de oxigênio, o que causaria a interrupção da programação por "algumas horas".

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