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Bolsonaro sobre finanças de ex-assessor de filho: se há erro, vou pagar

"Se algo estiver errado, seja comigo, com meu filho, com Queiroz, que paguemos a conta deste erro", disse

Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil (Rafael Carvalho/Governo de Transição/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 22h08.

(Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta quarta-feira que vai pagar a conta se tiver cometido algum erro no caso da movimentação financeira atípica de um ex-assessor do filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que é deputado estadual e senador eleito.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou movimentação de 1,2 milhão de reais do ex-assessor Fabrício Queiroz. O próprio Bolsonaro já reconheceu que há depósitos de Queiroz na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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"Eu não sou investigado, meu filho Flávio não é investigado e, pelo que me consta, nosso ex-assessor será ouvido pela Justiça na semana que vem, onde a gente espera obviamente que ele dê esclarecimentos", disse Bolsonaro em transmissão ao vivo em uma rede social.

"Se algo estiver errado, seja comigo, com meu filho, com Queiroz, que paguemos a conta deste erro. Não podemos comungar com erro de ninguém."

No sábado, o presidente eleito explicou os depósitos na conta da mulher em função de um empréstimo que havia feito a Queiroz e afirmou estar disposto a responder se cometeu um erro em não declarar essa operação no Imposto de Renda.

"Eu já o socorri financeiramente em outras oportunidades. Nessa última agora houve um acúmulo de dívida e ele resolveu me pagar... em 10 cheques de 4 mil reais. Eu não botei na minha conta porque tenho dificuldade para ir em banco e deixei para minha esposa", disse Bolsonaro no fim de semana.

"Se errei (em não ter declarado o dinheiro recebido de Queiroz), eu arco minha responsabilidade junto ao fisco", acrescentou.

O presidente eleito lamentou o episódio na transmissão e reafirmou seu compromisso no combate à corrupção, uma de suas principais bandeiras na campanha eleitoral.

(Por Alexandre Caverni, em São Paulo)

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