Para conter insatisfações de aliados do Centrão, o presidente Jair Bolsonaro avalia uma nova mudança ministerial (Jefferson Rudy/Agência Senado)
Agência O Globo
Publicado em 21 de julho de 2021 às 12h04.
Última atualização em 21 de julho de 2021 às 16h16.
Para conter insatisfações de aliados do Centrão, o presidente Jair Bolsonaro avalia uma nova mudança ministerial com a substituição do ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Para o posto, Bolsonaro sondou o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas, um dos principais partidos da base do governo. Na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro anunciou que fará uma 'pequena mudança ministerial', sem detalhar quais ministros seriam trocados.
Além de melhorar a articulação no Senado, em meio à CPI a Covid e com dificuldades na indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), a mudança serviria para aplacar uma insatisfação pessoal do próprio Ciro.
Pré-candidato ao governo do Piauí, o senador ficou irritado com o fato de o governo do Piauí, comandado por seu adversário político Wellington Dias (PT), ter anunciado na semana passada que o Ministério da Economia autorizou uma operação de crédito por meio do Banco do Brasil de R$ 800 milhões para o estado. Procurado, Ciro negou que tenha ficado insatisfeito com o episódio. Caso a nomeação de Ciro seja confirmada, será o primeiro senador a ocupar um ministério no governo Bolsonaro. A Casa Civil é responsável pela coordenação entre os ministérios e pela nomeação dos principais cargos no governo.
Em entrevista à Joven Pan Itapetininga na manhã desta quarta, Bolsonaro confirmou que deve fazer uma "pequena mudança ministerial" na próxima semana, mas não entrou em detalhes.
Caso a nomeação de Ciro seja confirmada, será o primeiro senador a ocupar um ministério no governo Bolsonaro. A Casa Civil é responsável pela coordenação entre os ministérios e pela nomeação dos principais cargos no governo.