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Bolsonaro defende Guedes e diz que gafes de ministro foram "deslizes"

Presidente diz ter certeza de que o chefe da equipe econômica continuará no governo "até o último dia"

Bolsonaro e Guedes: presidente saiu em defesa do ministro após declarações polêmicas (Adriano Machado/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 17h20.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2020 às 17h23.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu em defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes , que comparou servidores públicos a parasitas e disse que o câmbio baixo no passado possibilitava que empregadas domésticas pudessem ir à Disney. Sem mencionar as declarações diretamente, Bolsonaro classificou os episódios como "deslizes" e elogiou o ministro.

— Se o Paulo Guedes tem alguns problemas pontuais como todos nós temos, é muito mais pela sua competência do que por possíveis deslizes que eu mesmo já cometi muito no passado - afirmou o presidente durante discurso na cerimônia de posse do novo ministro da Casa Civil, o general Walter Braga Netto.

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Bolsonaro disse que o governo deve "muito" a Paulo Guedes e que o ministro deverá ficar na equipe até o fim do seu mandato.

- O Paulo não pediu para sair, mas tenho certeza que ele vai continuar conosco até o final. Paulo Guedes não é militar, mas ainda é um jovem aluno do Colégio Militar de Belo Horizonte. Muito obrigado por estar entre nós - disse Bolsonaro.

A polêmica mais recente envolvendo Paulo Guedes aconteceu na semana passada. Em um discurso em evento em Brasília, ele disse que o câmbio a R$ 1,80 era "uma festa danada" e permitia que empregadas domésticas pudessem ir à Disney.

- O câmbio não está nervoso, (o câmbio) mudou. Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para Disneylândia, uma festa danada - afirmou Guedes.

Antes disso, no início de fevereiro, Guedes comparou servidores públicos a parasitas. A declaração foi feita durante uma palestra no Rio de Janeiro ao defender a reforma administrativa, uma das principais bandeiras do governo.

- O governo está quebrado. Gasta 90% da receita toda com salário e é obrigado a dar aumento de salário. O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo, o hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático, não dá mais - disse o ministro na ocasião.

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