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Barroso sugere legalizar drogas para combater crise prisional

Ministro do STF voltou a sugerir que a legalização da maconha poderia amenizar a crise nos presídios brasileiros, superlotados

Barroso: para ministro, atual política brasileira no enfrentamento das drogas tem sido "contraproducente" (Pedro Ladeira / Folhapress/Folha de S.Paulo)

Barroso: para ministro, atual política brasileira no enfrentamento das drogas tem sido "contraproducente" (Pedro Ladeira / Folhapress/Folha de S.Paulo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 10h14.

Brasília - Diante da crise no sistema penitenciário brasileiro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na quarta-feira, 1º, que a legalização das drogas se coloca "agudamente" na agenda.

Em conversa com jornalistas depois da sessão plenária do STF, Barroso defendeu a legalização da maconha - seja produção, distribuição ou consumo -, que deveria ser tratada como o cigarro, sendo tributada e alvo de regulação por parte do poder público.

Na avaliação do ministro, a atual política brasileira no enfrentamento das drogas tem sido "contraproducente". Barroso também afirmou que, caso a experiência com a legalização da maconha seja bem-sucedida, o mesmo poderia ser feito com a cocaína.

"É preciso lidar com o realismo de que a guerra às drogas fracassou. E agora temos dois problemas: a droga e as penitenciárias entupidas de gente que entra não sendo perigosa e sai sendo perigosa."

O STF já começou a julgar a descriminalização do porte de maconha para consumo próprio, mas a discussão foi interrompida depois do pedido de vista de Teori Zavascki em setembro de 2015.

Nesse julgamento, Barroso defendeu que o porte de até 25 gramas de maconha ou a plantação de até seis plantas "fêmeas" sejam parâmetros de referência para diferenciar consumo e tráfico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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