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Bancários e vigilantes pedem reforço na proteção de agências

Segundo presidente da Contraf, grupo saiu de reunião com secretária com promessa de que governo editará portaria obrigando bancos a fazer mudanças em estruturas


	Agência bancária tem vidro quebrado: uma das sugestões que serão discutidas em três reuniões entre banqueiros, bancários e vigilantes é a instalação de biombos
 (Fernando Frazão/ABr)

Agência bancária tem vidro quebrado: uma das sugestões que serão discutidas em três reuniões entre banqueiros, bancários e vigilantes é a instalação de biombos (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 17h15.

Sem esperança de que as instituições financeiras aumentem investimentos para garantir a segurança de clientes e trabalhadores nas agências bancárias, representantes do setor e dos vigilantes bateram hoje (30) à porta do governo.

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) apresentaram os dados da nova Pesquisa Nacional de Mortes em Assaltos Envolvendo Bancos, lançada nesta semana, e pediram à secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, que a pasta adote providências para alterar este cenário, que vem se agravando nos últimos anos.

“Projetamos que teríamos um número de assassinatos maior e, infelizmente, aconteceu o que projetamos [aumento de assassinatos nas agências bancárias]. Se já sei que isdo está ocorrendo, tenho que tomar medidas”, afirmou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

Segundo ele, depois da conversa com a secretária, que durou quase duas horas, o grupo saiu com a promessa de que o governo editará uma portaria obrigando os bancos a fazer mudanças nas estruturas.

Uma das sugestões que serão discutidas em três reuniões entre banqueiros, bancários e vigilantes é a instalação de biombos – estruturas semelhantes s tapumes que, colocadas nas laterais do caixa, impediriam que qualquer pessoa observasse a operação que o cliente está fazendo, seja saques ou depósitos.

“Onde isso foi efetivado, por leis municipais ou estaduais, como em Belo Horizonte, rm João Pessoa e no Recife, não temos mais registro dos crimes de saidinhas, zeramos essa prática”, disse Cordeiro.

A saidinha de banco é o nome popular dado ao golpe em que o criminoso observa as operações feitas dentro das agências e rouba, na saída, os clientes que sacaram alguma quantia mais significativa. O crime provocou 32 mortes, que representa 49% do total de 65 assassinatos em assaltos a bancos registrados no ano passado.

O presidente da CNTV, José Boaventura Santos, ressaltou que essa portaria pode ser uma medida paliativa para minimizar os crimes, mas defendeu a revisão completa da lei que rege a segurança em agências bancarias (Lei 7.102, de 1983). “A portaria vai ajudar agora, porque não temos como esperar o tempo de tramitação legislativa para revisão da lei. Mas é uma lei de 1983, que precisa ser atualizada”, completou.

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