Baixada Fluminense terá plano integrado de saúde
As 11 prefeituras da região articulam com o governo do estado uma série de medidas para melhorar o atendimento na região
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 20h32.
Rio de Janeiro - O secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, reuniu-se hoje (28) com representantes das 11 prefeituras da Baixada Fluminense com o intuito de articular um plano integrado de saúde para a região.
Segundo Côrtes, uma das iniciativas é padronizar a forma de contratação de médicos nas unidades de urgência e emergência, com o auxílio do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf). “Assim, você passa a uniformizar salários e a forma de cobrança desses profissionais."
Outra prioridade é a melhoria da atenção básica na região. “Temos alguns municípios que teoricamente possuem uma cobertura [Saúde da Família] alta, mas não adequada, por isso queremos que todos os prefeitos se comprometam com a garantia de acesso a medicamentos, a exames e também com o aumento da cobertura. Para isso, o estado vai aumentar o cofinanciamento já dado pelo Ministério da Saúde”, disse o secretário.
Outro compromisso das prefeituras da Baixada com o governo do estado é a garantia das sete consultas de pré-natal para gestantes. O secretário anunciou também a construção de maternidades. A primeira delas, em Mesquita, ainda não tem data para abrir. Outras maternidades devem ser construídas em Itaguaí e em Caxias. “Nilópolis e Duque de Caxias também receberão recursos do estado para reformem e construam maternidades.”
O último ponto discutido foi o combate à dengue. Ficou acordado que cada município terá um Centro de Referência para a Dengue com locais para exames laboratoriais e hidratação. O estado doará poltronas e insumos para a criação da rede de referência para dengue.
Apesar do aumento do número de notificações de casos de dengue no estado do Rio no último ano, apenas o município de Bom Jesus de Itabapuana apresenta situação de epidemia (com mais de 1 mil casos de dengue neste ano). Um Centro de Referência para Dengue foi criado na região para tentar reverter o quadro epidêmico e cuidar dos infectados. “Fiz um apelo a todos os prefeitos que façam cumprir a obrigatoriedade da notificação dos casos com sintomas clássicos de dengue. É fundamental essa notificação para o estado e para o Ministério da Saúde para a tomada de decisão.”
Côrtes explicou que o índice de infestação está menor do que nos anos anteriores, mas, devido ao retorno do vírus do tipo 1, o número de casos pode aumentar por causa da grande quantidade de pessoas suscetíveis. O número de casos notificados de dengue na região metropolitana do Rio de Janeiro aumentou mais de 1.000% nos dois meses do ano, em comparação a igual período de 2010. Cerca de 5,6 mil casos foram identificados em janeiro e fevereiro deste ano contra 539 nos mesmos meses de 2010.
Uma nova reunião entre os prefeitos e o secretário está agendada para daqui a um mês.