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Aumento do IOF mantém participação estrangeira na dívida interna estável

Apesar de leve queda, participação em termos nominais subiu para R$ 155,309 bilhões

O governo comemorou o resultado depois do aumento de IOF em outubro (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

O governo comemorou o resultado depois do aumento de IOF em outubro (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 16h21.

Brasília – O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para estrangeiros fez a participação de investidores externos na dívida pública interna ficar praticamente estável em novembro. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, a fatia de estrangeiros na dívida mobiliária (em títulos) interna caiu de 10,19% em outubro para 10,03% em novembro.

A queda interrompeu uma sequência de recordes registrada nos últimos meses. No entanto, apesar da retração em termos percentuais, a participação de estrangeiros na dívida subiu em valores nominais, de R$ 155,297 bilhões em outubro para R$ 155,309 bilhões no mês passado.

Para o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, ainda é precipitado falar em redução de interesse dos estrangeiros nos papéis brasileiros. Segundo ele, ocorreu apenas uma estabilização provocada pelas medidas tributárias tomadas para conter a entrada de recursos externos no país.

“Um dos principais objetivos da elevação do IOF foi reduzir o fluxo de entrada de investidores estrangeiros no país. Os números de estabilidade registrados em novembro mostram que as medidaa surtiram efeito”, afirmou Garrido.

Em outubro, o governo reajustou o IOF para aplicações financeiras de estrangeiros em renda fixa e em alguns tipos de investimentos no mercado futuro. Primeiramente, a alíquota aumentou de 2% para 4%. Posteriormente, o imposto aumentou de 4% para 6%. O objetivo foi conter a entrada de recursos estrangeiros no país, que pressionava para baixo a cotação do dólar.

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