(Amanda Perobelli/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 18 de agosto de 2020 às 13h20.
Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 15h18.
A cidade de São Paulo não retornará com as atividades escolares no dia 8 de setembro. A decisão foi anunciada pelo prefeito Bruno Covas nesta terça-feira, 18. A medida vale para as redes municipal, estadual e privada de ensino.
O município está há mais de 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo - diretriz da quarentena do governo do estado - e, por isso, poderia voltar com as aulas em formato de reforço escolar em setembro. A nova previsão de retorno é para o dia 7 de outubro.
O que motivou a decisão foi um inquérito sorológico realizado pela prefeitura, com 6.000 alunos, de 4 a 14 anos, da rede pública municipal. De acordo com a pesquisa, seis em cada dez crianças que tiveram a covid-19 não apresentaram sintomas. Ainda segundo o estudo, 16,5% dos estudantes já foram infectados pelo coronavírus.
"A volta às aulas seria um grande disseminador da doença. Os assintomáticos são muito altos e para eles não seria aplicada nenhuma medidas de restrição. Na pesquisa a gente identificou que 250 mil crianças moram com pessoas com mais de 60 anos", disse Covas em entrevista coletiva nesta terça-feira.
O governo de São Paulo adiou para 7 de outubro a volta às aulas no estado todo, mas permitiu que as instituições que estão em regiões na fase amarela da quarentena há mais de 28 dias possam reabrir seus espaços no dia 8 de setembro, com atividades de reforço escolar.
O prefeitura da capital realiza uma grande testagem para identificar quantas pessoas na cidade já tiveram a covid-19. No total serão nove fases e quatro já foram divulgadas.
A pesquisa mostra que a taxa de prevalência de infectados na cidade é de 10,9%. Ou seja, considerando a população de 12,25 milhões de pessoas, 1,3 milhão já tiveram a covid-19 na capital paulista.