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Ato público pedirá criação da CPI dos Desabrigados

A CPI foi proposta para apurar denúncias de desvios de verbas públicas e irregularidades no atendimento às vítimas dos desastres causados pela chuva em 2010

Corrupação: manifestantes precisam recolher a assinatura de sete vereadores - dos 23 - para que a CPI seja instaurada (REUTERS/Sergio Moraes)
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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 16h59.

Rio de Janeiro – Dezenas de jovens que ocupam a Câmara Municipal de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro , há quase duas semanas, farão no fim da tarde de hoje (20) um ato público no local para pedir a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Desabrigados.

A CPI foi proposta pelo vereador Henrique Vieira ( PSOL ) em março, três anos depois da tragédia no Morro do Bumba, para apurar as denúncias de desvios de verbas públicas e de irregularidades no atendimento às vítimas dos desastres ocorridos por causa da chuva em 2010. Niterói foi um dos municípios mais afetados pelas chuvas de março e abril de 2010, com mais de 140 mortos.

Um dos participantes da ocupação, o professor Edson Amaro, que dá aulas de português da rede estadual, disse que espera pressionar os parlamentares a criarem a CPI. “Estamos nos revezando aqui desde 8 de agosto para pressionar os vereadores”. Para que a CPI seja instaurada, é preciso recolher assinaturas de sete vereadores, de um total de 23.

Falta apenas uma assinatura. “Aquelas pessoas que perderam suas casas e suas famílias estão até hoje alojadas no antigo quartel de São Gonçalo [para onde muitas vítimas das chuvas foram levadas] em péssimo estado. Convivem com esgoto a céu aberto, infiltrações. Queremos apurar responsabilidades e queremos soluções para essas famílias”, disse Amaro.

Os manifestantes têm outras pautas, como salário digno para os professores, atualmente em estado de greve, e mais investimento na educação. Eles informaram que vão permanecer na câmara até que suas demandas sejam atendidas.

Em nota divulgada na semana passada no site da Câmara, a Mesa Diretora repudiou a ocupação do plenário. Segundo a nota, o ato prejudica os trabalhos na Casa. “A longa e extensa pauta de reivindicações dos manifestantes, com 34 itens, pouco pode ser absorvida pela Câmara de Vereadores. Das [reivindicações] que podem, todas estão em discussão pela Casa dentro do processo legislativo”, destaca o comunicado.

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A CPI foi proposta pelo vereador Henrique Vieira ( PSOL ) em março, três anos depois da tragédia no Morro do Bumba, para apurar as denúncias de desvios de verbas públicas e de irregularidades no atendimento às vítimas dos desastres ocorridos por causa da chuva em 2010. Niterói foi um dos municípios mais afetados pelas chuvas de março e abril de 2010, com mais de 140 mortos.

Um dos participantes da ocupação, o professor Edson Amaro, que dá aulas de português da rede estadual, disse que espera pressionar os parlamentares a criarem a CPI. “Estamos nos revezando aqui desde 8 de agosto para pressionar os vereadores”. Para que a CPI seja instaurada, é preciso recolher assinaturas de sete vereadores, de um total de 23.

Falta apenas uma assinatura. “Aquelas pessoas que perderam suas casas e suas famílias estão até hoje alojadas no antigo quartel de São Gonçalo [para onde muitas vítimas das chuvas foram levadas] em péssimo estado. Convivem com esgoto a céu aberto, infiltrações. Queremos apurar responsabilidades e queremos soluções para essas famílias”, disse Amaro.

Os manifestantes têm outras pautas, como salário digno para os professores, atualmente em estado de greve, e mais investimento na educação. Eles informaram que vão permanecer na câmara até que suas demandas sejam atendidas.

Em nota divulgada na semana passada no site da Câmara, a Mesa Diretora repudiou a ocupação do plenário. Segundo a nota, o ato prejudica os trabalhos na Casa. “A longa e extensa pauta de reivindicações dos manifestantes, com 34 itens, pouco pode ser absorvida pela Câmara de Vereadores. Das [reivindicações] que podem, todas estão em discussão pela Casa dentro do processo legislativo”, destaca o comunicado.

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