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Atendimento emergencial deve continuar, dizem médicos

O protesto do SUS deve afetar apenas atendimentos de consulta e exames

Atendimento em Hospital Público de São Paulo: pacientes querem ser bem tratados (VEJA SP)

Atendimento em Hospital Público de São Paulo: pacientes querem ser bem tratados (VEJA SP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 15h09.

Brasília - Médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) preparam uma manifestação para amanhã, devendo paralisar atendimentos de consulta e exames em pelo menos 21 Estados. Os atendimentos dos casos de emergência, no entanto, serão mantidos. O protesto, organizado por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) é contra as condições de trabalho desses profissionais e a baixa remuneração. Segundo os organizadores, o movimento deve mobilizar 100 mil profissionais da área.

A suspensão dos atendimentos ocorrerá nos seguintes Estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.

Em São Paulo, os organizadores preveem que a paralisação ocorra em algumas unidades de saúde, ao longo do dia inteiro. Já em Santa Catarina, deve durar uma hora, no período da tarde. No Piauí, a paralisação se estenderá por três dias.

"Todos os atendimentos serão remarcados, esse movimento é a favor da assistência médica da população, manteremos o atendimento de emergência, como sempre o médico faz nesses momentos. Queremos dizer à população que estamos do lado dela, esse movimento é a favor do SUS, cuja assistência hoje está bem atrás daquilo que nós, médicos, desejamos, e daquilo que a população espera", disse o 2º vice-presidente da CFM, Aloísio Miranda.

No Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins, haverá manifestações e protestos públicos. Segundo os organizadores da paralisação, a média do salário-base do médico que se submete a uma jornada de 20 horas semanais de trabalho, sem considerar gratificações, é de R$ 1.946,91, oscilando de R$ 723,81 a R$ 4.143,67 dependendo da unidade da federação. A Fenam defende um piso salarial de R$ 9.188,22. Há ainda falta de leitos hospitalares - entre 1990 e 2008, o País teria perdido 188.845 leitos.


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