Ataque a RJ: após a morte do paramilitar Faustão em confronto a polícia, milícia destruiu ao menos 35 ônibus (Centro de Operações Rio/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 24 de outubro de 2023 às 07h17.
Última atualização em 24 de outubro de 2023 às 07h18.
A série de ataques orquestrados por milicianos, após a morte do paramilitar Faustão em confronto a polícia, destruiu ao menos 35 ônibus e se concentrou na Zona Oeste da cidade. Ao menos sete bairros foram diretamente atingido pela onda de crimes. Neles, moram mais de um milhão de cariocas.
Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba, Campo Grande, Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes foram os bairros atigidos pela onda de violência. Quatro caminhões e um vagão de trem também foram incendiados.
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De acordo com a SuperVia, estações em Santa Cruz chegaram a ser fechadas "para a segurança dos colaboradores e passageiros". Uma estação do BRT no mesmo bairro foi incendiada, e outras três foram alvo de tentativas de atear fogo. A MOBI suspendeu integralmente a operação no corredor Transoeste em virtude da insegurança.
Às 18h, no retorno para casa dos cariocas após o trabalho, o Centro de Operações Rio (COR) computada 121 quilômetros de engarrafamento. O congestionamento é 66% maior do que a média das últimas três segundas-feiras (73 quilômetros), ainda segundo o COR.
Já a Secretaria Municipal de Educação informou que em diversas localidades da Zona Oeste, com destaque para Santa Cruz, Paciência, Cosmos e Guaratiba, 45 unidades escolares foram afetadas, "diante do cenário de completa insegurança". Em 17 destas unidades, alunos e profissionais não puderam ser liberados imediatamente, seguindo o protocolo de segurança da secretaria. Ao todo, segundo a pasta, 17.251 alunos foram afetados.
O ataque dos paramilitares teve início depois que Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus, foi morto em confronto com agentes da Polícia Civil em uma comunidade de Santa Cruz. Ele era sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, criminoso que assumiu o controle da maior milícia do estado do Rio.
O raio-x da violência
Atearam fogo na estação Santa Veridiana, em Santa Cruz, e houve tentativa de colocar fogo em outras três: Cajueiros, Cesarão e 31 de Outubro. Por causa dos ataques criminosos, a MOBI suspendeu a operação no corredor Transoeste.
Um trem que saía de Santa Cruz no sentido Central, às 18h04, foi abordado por bandidos nas proximidades da estação de Tancredo Neves. O maquinista foi obrigado pelos bandidos a abrir a porta para a saída dos passageiros e retornar à estação. Os criminosos atearam fogo em uma das cabines da composição. Por essa razão, foram fechadas as estações entre Benjamim do Monte e Santa Cruz. Os trens passaram a circular somente entre as estações Central e Campo Grande.
Três dos caminhões foram incendiados na Avenida Brasil: um na altura da Estrada do Campinho, no sentido Itaguaí; outro na altura da Estrada de Manguariba; e um terceiro na altura da Estrada do Mendanha, em Campo Grande. No mesmo bairro, bandidos atearam fogo em um caminhão na Estrada das Agulhas Negras, na altura da Rua Jornalista Gastão de Carvalho.
O primeiro acionamento aos Bombeiros foi às 14h49 e, desde então, multiplicaram-se ocorrências com fogo, com chamados para Guaratiba, Inhoaíba, Cosmos, Paciência, Santa Cruz e Campo Grande. Também há relatos de incêndio em ônibus no Recreio dos Bandeirantes. Ao todo, 174 militares foram às ruas, com 15 quartéis acionados, de acordo com os bombeiros.
A Secretaria Municipal de Educação informou que em diversas localidades da Zona Oeste, com destaque para Santa Cruz, Paciência, Cosmos e Guaratiba, 45 unidades escolares foram afetadas, "diante do cenário de completa insegurança". Em 17 destas unidades, alunos e profissionais não puderam ser liberados imediatamente, seguindo o protocolo de segurança da secretaria. Ao todo, segundo a pasta, 17.251 alunos foram afetados. "As aulas da Educação de Jovens e Adultos desta noite também foram suspensas", acrescentou o órgão