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Associação com elite reduz chance de Aécio vencer, diz FT

O jornal britânico afirma que o eventual apoio do PSDB à candidatura de Marina no segundo turno poderia ajudar a candidata do PSB a derrotar Dilma

Aécio: "Neves tem lutado para ganhar a confiança dos brasileiros mais pobres e para acabar com a imagem de playboy ", diz texto (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 10h32.

Londres - A correlação do nome do candidato Aécio Neves (PSDB) com privilégios e os valores da elite torna improvável uma vitória tucana nas eleições presidenciais. A avaliação consta de reportagem publicada na edição desta sexta-feira, 3, do jornal britânico Financial Times.

Diante dessa análise, o jornal britânico afirma que o eventual apoio do PSDB à candidatura de Marina Silva no segundo turno poderia ajudar a candidata do PSB a derrotar Dilma Rousseff (PT).

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"É essa associação com o privilégio e o elitismo que faz com que analistas avaliem como improvável uma vitória de Neves na eleição de domingo", diz o FT.

"Enquanto o candidato de 54 anos e o partido centrista PSDB são altamente respeitados pela comunidade empresarial, Neves tem lutado para ganhar a confiança dos brasileiros mais pobres e para acabar com a imagem de playboy que tem queda pelo luxo e namoros com modelos".

O jornal inglês reconhece que as últimas pesquisas eleitorais deram novo ânimo à campanha tucana. "Depois da recente recuperação nas pesquisas desta semana, Neves tem chances reais de vencer Marina Silva e ir para o segundo turno. Mas dadas suas chances menores de ganhar no segundo turno ele poderia, paradoxalmente, garantir a vitória de Dilma Rousseff", diz o jornal.

Mesmo fora de eventual segundo turno, o FT diz que Aécio terá papel importante na política brasileira e poderá ser o "kingmaker" - termo inglês usado para classificar aquele que lidera, reúne pessoas e consegue influenciar a política.

"Se ele transferir seu apoio a Marina Silva vai determinar as chances da candidata de derrotar a atual titular do cargo, o que encerraria os 12 anos de poder do PT", diz o jornal.

O FT observa, contudo, que o tom mais duro do discurso tucano contra Marina nos últimos dias pode minar o poder de transferência de voto do PSDB para o PSB.

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