São Paulo – O Brasil mantém o duvidoso título de país com mais representantes no
ranking das 50 cidades mais
violentas do mundo, lançado anualmente pela ONG
Conselho Cidadão pela Seguridade Social Pública e Justiça Penal, do México. Na lista lançada este mês e que se refere a 2013, 16
cidades são brasileiras. No ano passado,
haviam sido 15. Enquanto
Brasília e Curitiba saíram da lista – o que não quer dizer, claro, que tenham chegado a números aceitáveis –
Natal, no RN, Aracaju, em Sergipe, e Campina Grande, na Paraíba, fizeram suas estreias. O
Nordeste é o destaque negativo do levantamento, com 9 representantes, sendo Maceió (AL) –
habitual campeã em rankings de violência – a primeira em âmbito nacional e quinta em termos globais. O segundo país com mais representantes é o
México, com 9. Mas a cidade com maior taxa de homicídios do mundo, segundo a ONG, é San Pedro Sula, em Honduras. Vale ressaltar que em boa parte dos casos os números se referem às regiões metropolitanas e não aos municípios. Além disso, a
pesquisa considera apenas cidades com mais de 300 mil habitantes, de forma a evitar distorções estatísticas. É preciso ver também os números com certo receio: a
ONG reconhece que boa parte dos dados são projeções – já que os governos municipais ainda não haviam divulgado os números até dezembro – e há várias cidades cujas informações foram tiradas de matérias jornalísticas. Não seria surpreendente, portanto, se os números oficiais forem diferentes quando lançados. Por último, o escopo do estudo são países com altas taxas de assassinatos, o que abre espaço para supor que cidades violentas em países relativamente pacíficos possam ter passado despercebidas. Feitas as (várias) ressalvas, veja as 16 cidades brasileiras que constam na
lista.