As brigas mais surpreendentes do segundo turno em São Paulo
Entre joguinhos, acusações e insinuações, José Serra e Fernando Haddad já tiveram muitas picuinhas nas eleições. Confira algumas das mais inesperadas
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2012 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h16.
São Paulo - Antes do primeiro turno das eleições, petistas e PSDBistas concentraram seus ataques a quem aparecia em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais: Celso Russomanno , candidato do PRB. Agora, as campanhas de Fernando Haddad e José Serra concentram esforços em defender seus planos de governo. Tudo, claro, sem deixar de lado alguns "cutucões" ao adversário. Clique nas fotos para ver as brigas e provocações mais inusitadas feitas entre o PT e os tucanos.
A campanha de José Serra divulgou no seu site oficial um link para um jogo do Facebook no maior estilo Angry Birds. Os "pássaros nervosos" da vez eram Fernando Haddad, José Dirceu (condenado por crimes no escândalo do mensalão) e Paulo Maluf. Ao lançar o trio contra prédios de hospitais, centros educacionais e outros projetos de Serra, o jogador ia, a cada fase, destruindo a cidade de São Paulo. Por ordem do Tribunal Superior Eleitoral, que avaliou o jogo a pedido da campanha de Fernando Haddad, a página teve de ser retirada do ar.
Um dia depois do primeiro jogo criado pela campanha do Serra ter sido tirado do ar, o site oficial divulgou uma nova maneira de entretenimento para os partidários do candidato psdbista. Inspirado em "Missão Impossível", o novo jogo teria como objetivo encontrar obras e benefícios feitos por Haddad à São Paulo. A nova página também foi retirada do ar pouco tempo depois de ser divulgada.
Essa é uma das mais polêmicas. No dia 18 de outubro, um membro da campanha de Serra divulgou em seu twitter pessoal uma página. O site imitava a identidade visual do site oficial da campanha de Haddad, mas continha informações falsas e acusações como "Haddad vai aumentar o IPTU". No dia seguinte, o site já foi tirado do ar. Entretanto, foi informado pela provedora GVT que a página falsa foi criada na sede da empresa Soda Virtual, que foi contratada pela campanha de José Serra para criar o site oficial do candidato. Em nota, a assessoria do tucano informou que o site não é de iniciativa da campanha e que a empresa foi contratada apenas para criar o site oficial, a página no Facebook e no Twitter.
Às vésperas das eleições do segundo turno, a campanha de Serra lançou uma nota oficial mostrando faixas agressivas que teriam sido espalhadas pela campanha de Haddad em São Paulo. A nota afirmava que "Quem quer ser prefeito de São Paulo não pode se apresentar como um delinquente que não respeita as leis municipais que conservam a cidade limpa". Em resposta, a coordenação da campanha de Haddad negou as acusações e afirmou que já solicitou que a Polícia Federal apurasse a origem dos cartazes.
O primeiro turno não passou ileso. No site oficial da campanha de Haddad foi publicado um vídeo do rapper MC Mamuti 011 intitulado "E agora, José?" que traz diversas imagens da internet satirizando o tucano. O rap havia sido criado como um protesto pelo músico, que não foi consultado por nenhuma das assessorias dos candidatos. Pouco tempo depois de publicado, o vídeo saiu do site de Haddad. Em seu lugar, uma nota afirmando que ele foi postado sem autorização dos coordenadores da campanha, que "lamentavam o ocorrido".
Quanto mais perto das eleições os candidatos ficam, mais farpas acabam trocando. Além de declarações comuns como "o senhor está faltando com a verdade" ou "o candidato está muito desinformado", os prefeituráveis já trocaram algumas boas farpas em debates eleitorais: "Fico feliz que peçam para subir o nível do debate porque se tem alguém que é especialista em baixaria, é o PT", disse Serra, em resposta ao pedido de Haddad para que eles cessassem as insinuações. "Serra, o seu desrespeito chega às raias da insanidade. Trazer o mensalão pra cá? O que você está fazendo?", disse Haddad, após o adversário ter citado o escândalo do mensalão, que envolve a alta cúpula petista.
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