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Arthur Virgílio diz ser o melhor nome do PSDB para enfrentar Lula

O prefeito de Manaus admitiu, no entanto, que suas chances dentro do partido são pequenas diante dos nomes de Geraldo Alckmin e João Doria

Arthur Virgílio: "A gente percebe um favoritismo muito claro intrapartido ao governador Geraldo Alckmin" (Pedro França/Agência Senado)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 18h02.

Rio - O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, disse nesta segunda-feira, 16, que é o melhor quadro do PSDB para enfrentar uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto em 2018.

Ele admitiu, no entanto, que suas chances dentro do partido são pequenas diante dos nomes do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital, João Doria.

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Virgílio contou que tratará do assunto com o presidente da legenda, Tasso Jereissati, semana que vem.

"Se a gente falar do hoje, eu diria que as chances não são muitas. A gente percebe um favoritismo muito claro intrapartido ao governador Geraldo Alckmin", afirmou o prefeito, se colocando como o pré-candidato "mais denso, preparado e capaz de sensibilizar" o eleitor, além de o mais forte contra Lula, a cujo governo fez oposição como líder do PSDB na Câmara.

"Eu sou muito acostumado no Amazonas a subir o Rio contra a corrente. Tenho certeza de que sou melhor candidato que ambos para fora do partido. Não quero fazer plano para ganhar se não tiver o Lula (no caso de inegibilidade em decorrência das implicações da Lava Jato). Eu ganho com o Lula".

Virgílio, que apresentou sua disposição a concorrer no início do mês, esclareceu que só sairia do PSDB, "para ir para casa", se o partido o decepcionasse "oito vezes mais do que já decepcionou".

Disse ainda que o candidato Jair Bolsonaro (PSC) "não aguentaria um peteleco" num debate com ele. E defendeu uma visão de governo menos "paulisocêntrica".

"Eu quero dar um grito do Norte e do Nordeste, que são muito desprevilegiados. Sou capaz de falar melhor para São Paulo do que Alckmin para o Nordeste", provocou.

"Eu não vejo que as chances dele (Alckmin) seriam tantas (nas eleições). Confio muito no meu taco. Se acontecesse essa coisa improvável de obter uma indicação (do partido), eu não tenho dúvida de que seria mais temível do que eles. É uma caminhada que está começando".

Ele disse que terá um encontro com Tasso semana que vem para discutir o tema, e que não trabalha com a possibilidade de os tucanos se decidirem sobre 2018 já no mês que vem.

Virgílio participou de um encontro na Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) sobre gestão fiscal. Manaus foi escolhida esse ano a capital com melhor resultado no País sob a ótica do Índice Firjan de Gestão Fiscal.

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