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Aprovação de Bolsonaro está em 32%, a mais alta em pouco mais de um ano

Mais recente pesquisa EXAME/IDEIA mostra que a avaliação positiva do presidente está em uma tendência de alta

Jair Bolsonaro: presidente garante apoio de evangélicos e moradores do Centro-Oeste. (Akos Stiller/Bloomberg/Getty Images)

Jair Bolsonaro: presidente garante apoio de evangélicos e moradores do Centro-Oeste. (Akos Stiller/Bloomberg/Getty Images)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 24 de março de 2022 às 12h53.

Última atualização em 24 de março de 2022 às 17h53.

A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) ultrapassou a barreira dos 30% e alcançou o maior número desde janeiro de 2021. De acordo com a mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, os brasileiros que concordam com a maneira como o presidente trabalha somam 32%. Os que desaprovam são 44%, o valor mais baixo no período de 12 meses.

Na série histórica, a avaliação positiva começou em 49%, logo após Bolsonaro receber a faixa presidencial, e depois ficou na casa dos 30%. No pior momento da pandemia, este número caiu para 20%, e voltou a se recuperar com a melhora nos índices de controle da covid-19.

A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 18 e 23 de março. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-04244/2022. A pesquisa EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Confira o relatório completo aqui.

Maurício Moura, fundador do IDEIA, avalia que este crescimento na aprovação do governo tem muita ligação com a eleição. Para ele, com a definição dos nomes que devem disputar o Palácio do Planalto em outubro deste ano, grupos que geralmente são mais favoráveis a Bolsonaro tendem a reafirmar o apoio também na avaliação de governo.

Neste grupo estão os que se declaram evangélicos. Em janeiro deste ano, 37% desta parcela aprovava a maneira como Bolsonaro governa. Na mais recente pesquisa, o apoio chegou a 54%. O mesmo movimento ocorreu para as pessoas que moram na região Centro-Oeste, que tradicionalmente dão mais apoio a Bolsonaro. No começo do ano eram 30%. Agora, somam 44%.

Outra pergunta da pesquisa EXAME/IDEIA que também reflete uma melhora na percepção positiva do governo do presidente é sobre se ele merece ser reeleito. Na sondagem publicada nesta quinta-feira, 24 de março, 37% consideram que sim. Há um mês este número estava em 35%. Os que entendem que ele não merece mais um mandato são 58%, e em fevereiro eram 61%.

“Ainda são números bastante complicados para a reeleição, ele tem uma avaliação ruim e péssima alta [45%]. É majoritário o número de pessoas que acham que ele não merece continuar, por outro lado houve uma melhora na margem. É uma reacomodação de bolsonaristas, ou de pessoas mais favoráveis ao presidente nesse momento”, explica Maurício Moura.

Bolsonaro ganha 2% em intenção de voto

Se o primeiro turno das eleições presidenciais fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 40% dos votos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria em segundo lugar, com 29%. Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) teriam 9% cada. Os números são da pergunta estimulada, com os nomes apresentados previamente, da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA.

Em relação à última pesquisa, feita há um mês, Lula perdeu 2 pontos percentuais e Bolsonaro ganhou a mesma quantidade. Ambas mudanças são dentro da margem de erro. Com isso, a diferença entre os dois caiu de 15% para 11%, o que pode mostrar uma tendência de acomodação de votos, como explica Maurício Moura, fundador do IDEIA.

“É importante ficarmos atentos a melhora de indicadores do presidente Jair Bolsonaro. Alguns, obviamente, estão relacionados ao aumento da popularidade, de aprovação do governo. Porém, há outras evoluções positivas, de intenção de voto, principalmente estimulada, que estão mais alinhadas com uma maior acomodação dos antipetistas na candidatura do Bolsonaro, que não enxergam nas outras alternativas um potencial de vencer o PT no segundo turno”, diz.

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