Plenário da Câmara Municipal de São Paulo (Renatto de Sousa/CMSP)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2014 às 20h28.
São Paulo - Um dia após o jornal O Estado de S.Paulo revelar a paralisia dos trabalhos na Câmara Municipal durante o período eleitoral, os vereadores paulistanos passaram quase 3 horas em plenário nesta terça-feira, 09 - recorde do semestre.
Na segunda-feira, reportagem mostrou que, em 37 dias, os parlamentares haviam passado apenas 10 horas em plenário e, desde o fim do recesso de julho, tinham votado um único projeto, que autorizou uma homenagem da Casa aos cem anos do Palmeiras.
Nesta terça, o tempo foi usado para a votação de 28 projetos, todos de autoria de vereadores. A maioria diz respeito à concessão de títulos de cidadão paulistano. Foram aprovados 12 propostas do gênero, além de outras cinco salvas de prata e duas medalhas Anchieta.
Na lista de homenageados estão médicos, um coronel da PM, um pastor e algumas instituições, como a Casa do Zezinho e a União Brasileiro - Israelita do Bem-Estar Social, entre outros.
Na retomada das votações em plenário, os vereadores também deram aval para novas denominações de ruas, praças e equipamentos de saúde, para inclusão de eventos no calendário oficial da cidade e para uma mudança na legislação que pode permitir com que cooperativas firmem parcerias com o poder público - esse último ainda precisa passar mais uma vez pelo plenário para ser encaminhado à sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).
O teor da votação confirmou a falta de acordo entre os partidos para votação de temas do Executivo. Um série de projetos de Haddad continua na fila, como a abertura de um programa de parcelamento de dívidas que pode render R$ 1 bilhão aos cofres municipais.