Preconceitos: "O taxista parou, virou-se para trás e disse: ‘não aceito essas coisas no meu carro’”, contou a vítima de homofobia (Leo Pinheiro/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 18h43.
São Paulo - Um caso denunciado na semana passada pela coluna Gente Boa, do jornal O Globo, rendeu resultados em favor dos direitos humanos.
A atitude homofóbica de um taxista durante o Carnaval no Rio de Janeiro fez o aplicativo 99Taxis excluir o autor da atitude agressiva contra um casal que transportava.
Ao jornal Extra, o empresário de 36 anos (que preferiu não se identificar) afirmou que saiu do bloco Bunytos de Corpo, na Praça Tiradentes, no centro do Rio, por volta das 2h do dia 9 de fevereiro.
Ele estava acompanhado de um homem e resolveu pegar um táxi utilizando o aplicativo.
“Ele (o acompanhante) estava com muito sono, deu uma encostada em mim, e eu o abracei. Aí, o taxista parou, virou-se para trás e disse: ‘não aceito essas coisas no meu carro’”, disse o empresário ao jornal fluminense. Ele ainda tentou argumentar com o taxista, o que não adiantou:
“Mas ele (o motorista) disse: ‘eu não concordo com esse tipo de perversão no meu carro. Eu gostaria que vocês se retirassem’”, completou. O casal pediu um outro táxi pelo mesmo aplicativo e, desta vez, o atendimento “foi ótimo”.
“Muita gente diz: ‘temos que pegar o Uber porque taxistas não prestam’. Não. Era só um indivíduo, não é uma instituição”, concluiu. Em nota ao Extra, a direção do 99Taxis lamentou o ocorrido e ressaltou que é “a favor do bem, do respeito e do carinho com o próximo”.