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Após denúncia, Alckmin se afasta de equipe de campanha de Covas

Ex-governador era coordenador do programa de governo do prefeito de São Paulo

Covas: Alckmin deixou a equipe de campanha do prefeito de São Paulo (//Divulgação)
AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de julho de 2020 às 17h15.

O ex-governador Geraldo Alckmin deixou a equipe de campanha do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na manhã desta quinta-feira. O aviso foi dado pelo prefeito após receber pedido do tucano para se afastar do posto. O Ministério Público denunciou nesta quinta-feira Alckmin por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação foi apresentada no âmbito da Lava-Jato eleitoral paulista.

— Ele mesmo pediu para se afastar da campanha. Pediu o o desligamento da coordenação do programa de governo, e a gente deseja todo o apoio a ele. Tenho certeza que ele vai comprovar a inocência dele — disse Covas.

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A denúncia do MP afirma que Alckmin recebeu R$ 2 milhões da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

O prefeito disse que confia na inocência do ex-governador. A justificativa foi que Alckmin quer tempo para se dedicar a sua defesa na Justiça. Politicamente, o afastamento tenta reduzir os efeitos negativos da denúncia contra o tucano para a campanha à reeleição de Covas

— Queria ratificar o entendimento de que acredito na inocência do ex-governador Geraldo Alckmin, que, depois de 42 anos de vida pública, tem um patrimônio menor do que quando começou as suas atividades.

Em nota, o ex-governador lamentou a denúncia oferecida pois jamais teria sido procurado pelas autoridades policiais para se manifestar a respeito dos fatos.

"As apressadas conclusões do inquérito são infundadas e não encontram suporte nos fatos. Por isso, confiante na Justiça, responderá aos termos da denúncia, seguro de que não praticou qualquer ilícito, até porque nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados. Nem, tampouco, praticou qualquer ato de corrupção durante mais de 40 anos de vida pública", afirma a nota.

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