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Após deflagrar "plano B", campanha do PT começa a organizar mobilização

Líderes petistas dizem que é preciso promover ações judiciais para que Lula, agora oficialmente candidato, seja autorizado a estar nos debates.

Outra estratégia defendida é pedir que pelo menos um representante do petista fale em nome do ex-presidente (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Outra estratégia defendida é pedir que pelo menos um representante do petista fale em nome do ex-presidente (Ricardo Stuckert/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 18h48.

São Paulo - Um dia após anunciar o ex-prefeito Fernando Haddad como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, deflagrando o "plano B" do petista na disputa, a coordenação da campanha presidencial da legenda começou a organizar suas estratégias de mobilização.

No primeiro dia como vice, Haddad viajou a Curitiba para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-prefeito já gravou vídeos para candidatos do PT nos Estados e começou a ser apresentado como a "voz" de Lula na campanha. Os vídeos, gravados por Haddad no domingo, 5, enquanto o PT preparava o anúncio e negociava o acordo com o PCdoB, começaram a ser publicados nas redes sociais.

"Podem preparar as armas aí, começar bater a espada e o escudo que o Lulinha vai chegar junto", disse Haddad em um vídeo gravado para a Juventude do PT. Em outro, feito para o ex-deputado Marcio Macedo (SE), o ex-prefeito exalta o papel de Macedo, candidato a uma vaga na Câmara, nas negociações com o PCdoB. Em um terceiro vídeo para as redes sociais, Haddad se diz "honrado" em representar Lula na campanha.

Debates

Reunidos nesta segunda-feira, 6, integrantes da campanha do PT discutiram deflagrar um novo embate para defender que o ex-presidente Lula, preso em Curitiba, participe dos debates na TV e dê entrevistas.

No núcleo da campanha, líderes petistas dizem que é preciso promover ações judiciais para que Lula, agora oficialmente candidato, seja autorizado a estar nos debates. Outra estratégia defendida é pedir que pelo menos um representante do petista fale em nome do ex-presidente.

Nos debates já programados em emissoras de televisão, o PT não deve ter nenhum representante enquanto Lula for mantido oficialmente como candidato. O primeiro será na próxima quinta-feira, 9, na TV Band. A emissora informou o PT que apenas o candidato oficialmente declarado pode participar, e não abriu nenhuma outra condição.

O PT precisa ainda definir o espaço dos demais partidos da coligação na coordenação da campanha presidencial. No fim de semana, PCdoB, PROS e PCO anunciaram aliança em torno da candidatura petista.

Registro

A legenda programou o ato de registro da candidatura para o dia 15 de agosto, às 16 horas, em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Petistas e aliados começarão a organizar caravanas com militantes para Brasília.

Na área jurídica, Lula escalou o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira para defendê-lo no processo do registro da candidatura do TSE. O defensor também está na campanha do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) ao Senado, o que gerou desconforto no entorno do ex-ministro Eugênio Aragão, que se concentrará na assessoria jurídica da campanha eleitoral em assuntos como propaganda, gastos e prestação de contas.

Enquanto aguardavam novas orientações de Lula para a mobilização, aliados presentes na reunião desta segunda-feira, 6, diziam que será feito um esforço máximo para direcionar todas as movimentações ao dia 15.

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