Após críticas, Ministério se diz contra partos sem pediatra
A mudança seria uma forma de reduzir os custos de procedimentos, mas o Ministério acredita que a falta de assistência pode colocar em risco a saúde da criança
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2015 às 12h30.
São Paulo - O Ministério da Saúde garantiu que fará mudanças no texto colocado em consulta pública com diretrizes para o parto.
A proposta, duramente criticada por entidades médicas, abria espaço para que partos fossem feitos sem a presença de um profissional especializado em reanimação neonatal - algo considerado perigoso diante do número de bebês que nascem precisando de atendimento rápido.
"Sem ele, crianças correm o risco de morrer ou ficar com graves sequelas. Cerca de 10% das crianças precisam de auxílio para respirar após o parto", alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo Vaz.
A proposta, que está em consulta pública até o dia 25, prevê a necessidade de um médico pediatra ou profissional habilitado em reanimação neonatal na sala de parto apenas em caso de cesárea ou quando houver sofrimento do feto . Algo bem mais restrito do que ocorre atualmente. Hoje, a presença é recomendada em todos os partos.
Entidades viram a mudança como uma forma de reduzir os custos de procedimentos. Na exposição de motivos do texto colocado em consulta pública, é informado que 70% dos gastos hospitalares estão relacionados a cuidados neonatais.
"O texto não está claro", reconhece o coordenador-geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do ministério, Paulo Bonilha. Ele defendeu o formato atual, previsto em uma resolução de 2014, que considera necessária a presença do profissional habilitado em todos os partos.
Ele afirmou que, terminada a consulta, contribuições serão analisadas e haverá uma nova rodada de estudos. Somente depois o texto final será publicado. Segundo ele, a presença de profissionais estará garantida.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, porém, teve uma reação diferente. Na semana passada, ele saiu em defesa da minuta e garantiu que ela havia sido construída "com muito zelo".
O documento colocado em consulta pública foi preparado por um comitê de especialistas. O objetivo principal é tentar reduzir o número de cesáreas no país.
São Paulo - O Ministério da Saúde garantiu que fará mudanças no texto colocado em consulta pública com diretrizes para o parto.
A proposta, duramente criticada por entidades médicas, abria espaço para que partos fossem feitos sem a presença de um profissional especializado em reanimação neonatal - algo considerado perigoso diante do número de bebês que nascem precisando de atendimento rápido.
"Sem ele, crianças correm o risco de morrer ou ficar com graves sequelas. Cerca de 10% das crianças precisam de auxílio para respirar após o parto", alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo Vaz.
A proposta, que está em consulta pública até o dia 25, prevê a necessidade de um médico pediatra ou profissional habilitado em reanimação neonatal na sala de parto apenas em caso de cesárea ou quando houver sofrimento do feto . Algo bem mais restrito do que ocorre atualmente. Hoje, a presença é recomendada em todos os partos.
Entidades viram a mudança como uma forma de reduzir os custos de procedimentos. Na exposição de motivos do texto colocado em consulta pública, é informado que 70% dos gastos hospitalares estão relacionados a cuidados neonatais.
"O texto não está claro", reconhece o coordenador-geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do ministério, Paulo Bonilha. Ele defendeu o formato atual, previsto em uma resolução de 2014, que considera necessária a presença do profissional habilitado em todos os partos.
Ele afirmou que, terminada a consulta, contribuições serão analisadas e haverá uma nova rodada de estudos. Somente depois o texto final será publicado. Segundo ele, a presença de profissionais estará garantida.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, porém, teve uma reação diferente. Na semana passada, ele saiu em defesa da minuta e garantiu que ela havia sido construída "com muito zelo".
O documento colocado em consulta pública foi preparado por um comitê de especialistas. O objetivo principal é tentar reduzir o número de cesáreas no país.