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Após cesárea de emergência, bebê esperou um mês por vaga

Mãe teve que ouvir para não "cruzar os braços" na busca por um leito especializado para bebê nascida após parto de emergência

Bebê: enquanto ficou em hospitais, criança teve AVC e pegou bactérias (studiojh/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2017 às 10h35.

Última atualização em 27 de março de 2017 às 11h18.

São Paulo - A copeira Rosiane Merlone, de 31 anos, passou pela angústia de uma cesárea de emergência, duas hemorragias e ainda ver a filha entubada logo após nascer.

Como se não bastasse isso, ainda teve de ouvir dos médicos para "não cruzar os braços" na tentativa de buscar leito especializado para a bebê, nascida com um quadro grave de cardiopatia - como se a transferência da pequena Milena dependesse só do esforço dos pais.

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"Os médicos diziam que o caso dela era muito grave e que era para a gente correr atrás de uma transferência com urgência porque eles não estavam conseguindo vaga em nenhum hospital e, a qualquer momento, minha filha podia não responder mais ao tratamento", conta Rosiane, que deu à luz em 9 de outubro, em uma maternidade municipal de São Paulo.

Embora soubesse que sua atuação na busca por leito era limitada, Rosiane tentou tudo para salvar a filha. Procurou a Defensoria e até uma emissora de TV para contar seu drama.

"Mesmo assim demorou mais de um mês para ser transferida", conta a mãe. Após ser transferida, Milena passou por cateterismo e ainda ficou mais três meses internada.

O bebê foi conhecer sua casa só em 17 de fevereiro. "No tempo em hospitais, pegou bactéria, teve AVC (acidente vascular cerebral). Nosso medo era de receber a pior notícia dos médicos. Ainda bem que essa notícia não veio", afirma Rosiane.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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