Após apagar grafites, Doria anuncia Museu de Arte de Rua
De três em três meses a Prefeitura vai "liberar" espaços na capital para grafiteiros e muralistas, segundo o prefeito
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 13h36.
Última atualização em 26 de janeiro de 2017 às 15h51.
São Paulo - Em meio à guerra contra os pichadores na cidade, o prefeito João Doria anunciou que vai criar um programa de grafite de rua para promover grafiteiros e muralistas na cidade de São Paulo.
De três em três meses a Prefeitura vai "liberar" espaços na capital para este tipo de arte. Os artistas serão escolhidos por meio de uma comissão montada pela Secretaria Municipal de Cultura.
Poderão ser grafitados imóveis públicos e privados, que serão procurados pelo poder público para autorizar o uso do espaço. O primeiro ponto do programa, batizado de Museu de Arte de Rua (MAR), será no Baixo Augusta, na região central.
O prefeito ressaltou que a Avenida 23 de Maio, que teve grafites apagados pela gestão, não passará pelo programa. Ele disse que o local terá apenas os sete grafites que foram considerados "preservados" pela Prefeitura - antes eram oito, mas um deles, do artista Eduardo Kobra, foi pichado e também será apagado.
Durante o anúncio da medida, Doria voltou a dizer que apoia grafiteiros e muralistas, mas que pichadores não são bem-vindos. "Isso vai nos ajudar a embelezar São Paulo, recuperar várias áreas, a criar visibilidade adequada para o trabalho artístico de grafiteiros e muralistas", disse.
O secretário de Cultura, André Sturm, disse que a comissão receberá as propostas dos grafiteiros e seus currículos, mas não haverá necessidade de enviar a prévia dos desenhos.
"Eles serão escolhidos em função do currículo e do histórico. Mas a ideia é que seja um número grande (de artistas)."Cada novo espaço - que será sempre em áreas abertas - terá uma seleção diferente, segundo Sturm.