Após almoço com Bolsonaro, Crivella diz que estuda reabertura no Rio
Prefeito indicou que fará uma reabertura escalonada "como todo lugar no mundo" e destacou os números atingidos de isolamento
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de maio de 2020 às 16h45.
Última atualização em 21 de maio de 2020 às 16h46.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmou que estuda uma retomada da economia, com reabertura gradual do comércio carioca, nos próximos dias. Ele disse que tem um "plano completo" feito junto a empresários.
"Amanhã eu estou submetendo ao meu conselho científico todo o plano que elaborei com os empresários de todos os setores que tiveram paralisação", comentou o prefeito após almoço no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro.
Crivella indicou que fará uma reabertura escalonada "como todo lugar no mundo" e destacou os números atingidos de isolamento. "Hoje, no Rio de Janeiro , graças a Deus, 80% das aglomerações diminuíram, 80% do trânsito de pessoas nas ruas, 80% dos passageiros de ônibus diminuíram também", destacou. "As curvas (de contaminação) diminuíram, a velocidade de contágio, estamos tendo sinais no horizonte que vamos voltar a atividade", disse.
Em conversa com jornalistas, na saída, Crivella destacou que o município "não fez lockdown" e que a indústria não parou durante a pandemia.
Questionado se seguiria o último decreto do presidente Jair Bolsonaro, que permitiu a abertura de salões de beleza, barbearias e academias durante a quarentena, Crivella disse que o decreto ressalvava ao governador e o prefeito analisar a situação presente em cada caso.
"Se fosse uma ordem, uma decisão do governo federal, obedeceria sem problema", afirmou "Como havia ressalva, o Rio de Janeiro manteve o afastamento social nesses setores de serviços que são prestados a menos de dois metros. Agora, com as máscaras, com as curvas caindo, com certeza nos próximos dias já vamos ter liberação", declarou.
Bandeiras
Na quarta, o governo estadual do Rio de Janeiro anunciou um sistema de classificação em três bandeiras para nortear regras para flexibilização do isolamento social no Estado, um dos mais afetados pela pandemia da covid-19.
Por meio de classificações semanais, de acordo com as bandeiras vermelha, amarela e verde, o governo vai indicar diferentes níveis de abertura, considerando a taxa de ocupação de leitos.