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Apagão foi causado por falha na chave de proteção

O problema foi causado porque essa chave de proteção não teria sido reativada após o processo


	Energia elétrica: ONS também identificou falhas no religamento de energia, que demorou mais de quatro horas
 (Prakash Singh/AFP)

Energia elétrica: ONS também identificou falhas no religamento de energia, que demorou mais de quatro horas (Prakash Singh/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 22h39.

Brasília - O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, informou nesta quarta-feira que o equipamento de proteção da linha de transmissão da Taesa, controlada pela Cemig, que falhou na madrugada de última sexta-feira e causou um apagão nas regiões Norte e Nordeste havia passado por uma intervenção para manutenção uma semana antes. O problema foi causado porque essa chave de proteção não teria sido reativada após o processo.

"É importante diferenciar bem origem da causa da queda de energia da semana passada. A causa foi o não funcionamento da proteção do equipamento da Taesa/Cemig. Testes confirmaram que a proteção não estava ativa no momento da ocorrência", disse o ministro.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou que o problema foi causado por uma falha humana após o processo de manutenção, mas destacou que essa falha também não foi detectada pela empresa. "A falha não foi identificada porque testes operacionais não foram feitos. Como a proteção não funcionou, o desligamento foi propagado", acrescentou.

Chipp disse que o ONS também identificou falhas no religamento de energia, que demorou mais de quatro horas. "O tempo de recomposição foi muito demorado, estamos investigando. Houve falhas nos três caminhos principais de religamento da energia, como bloqueios de disjuntores, tensões elevadas", completou.


De acordo com ele, os órgãos já iniciaram estudos para a definição de caminhos alternativos de religamento da eletricidade e a superação desses bloqueios.

Apesar da causa apontada para o apagão ser "falha humana", o ministro interino de Minas e Energia garantiu que a hipótese de falha proposital está completamente descartada. "Ocorreram duas coisas: um erro de um técnico e a falta de um procedimento de verificação por parte da empresa", completou.

Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, o órgão regulador poderá rever seus regulamentos para testes de equipamentos e procedimentos de emergência. "houve falha humana, mas também houve falha de procedimento da empresa. Vamos investigar e partir também para uma série de aprimoramentos no sistema", prometeu. O relatório da ONS sobre a ocorrência será enviado para a Aneel.

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