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Ao assumir a presidência do STF, Barroso defende minorias e pede pacificação nacional

Barroso tem 65 anos e está no Supremo Tribunal Federal desde 2013. Foi indicado pela então presidente da República, Dilma Rousseff

Barroso: ministro defendeu mais mulheres no Judiciário  (Fellipe Sampaio/Flickr)

Barroso: ministro defendeu mais mulheres no Judiciário (Fellipe Sampaio/Flickr)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 28 de setembro de 2023 às 18h42.

Última atualização em 28 de setembro de 2023 às 19h01.

O ministro Luís Roberto Barroso tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta quinta-feira, 28. A abertura da cerimônia foi o último ato de Rosa Weber no tribunal e contou com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O Hino Nacional foi cantado na cerimônia por Maria Bethânia. A música foi executada com voz e violão.

Barroso tem 65 anos e está no Supremo Tribunal Federal desde 2013. Ele foi indicado pela então presidente da República, Dilma Rousseff.

Em seu discurso de posse, o ministro disse que o Judiciário seguirá na defesa da democracia, principalmente após as “instituições venceram o golpismo”. Barroso salientou, porém, que é momento de pacificação nacional.

"O país não é feito de nós e eles. Somos um só povo. O sucesso do agronegócio não é incompatível com a preservação ambiental, pelo contrário. O enfrentamento à corrupção não é incompatível com o devido processo legal. Estamos todos no mesmo barco. Se ele naufragar o naufrágio é de todos", afirmou.

Considerado como um ministro de perfil progressista, Barroso reafirmou a defesa das minorias ao dizer que, por exemplo, a luta de indígenas e da comunidade LGBTQIA+ é uma questão de respeito à humanidade.

O novo presidente do STF reservou parte de seu discurso de posse para defender maior representatividade de mulheres e negros no Judiciário brasileiro. “Aumentar a participação de mulheres nos tribunais, com critérios de promoção que levem em conta a paridade de gênero. E, também, ampliar a diversidade racial", defendeu o ministro.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, o ministro da CGU, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, estavam lado a lado na posse de Barroso. Os três são apontados como favoritos de Lula para ocupar a vaga aberta após a aposentadoria compulsória de Rosa Weber, que deixa o tribunal nesta semana.

Além deles, participaram da cerimônia os ministros Vinícius Carvalho (CGR), Esther Dweck (Gestão), Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação), Marcos Amaro (GSI), Jader Filho (Cidades), Nísia Trindade (Saúde), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Anielle Franco (Igualdade Racial). Ainda, compareceu o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e juízes de tribunais superiores e operadores do direito.

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