Brasil

Amaral (PSB) diz que pedirá votos para Dilma

Ex-presidente do PSB declarou seu voto à petista, mesmo contra a decisão do seu partido, que decidiu apoiar Aécio Neves


	Dilma Rousseff durante encontro com Roberto Amaral, líder do PSB, em Brasília
 (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Dilma Rousseff durante encontro com Roberto Amaral, líder do PSB, em Brasília (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 20h39.

Brasília - O ex-presidente do PSB Roberto Amaral reuniu-se na noite de ontem com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. Amaral declarou seu voto à petista, mesmo contra a decisão do seu partido, que decidiu apoiar o tucano Aécio Neves.

"Foi uma conversa de velhos e queridos amigos, quando eu renovei meu apoio à candidatura dela", declarou Amaral, avisando que não tratou com a presidente sobre a situação de seu partido, o PSB, ou sobre partidos em geral, "porque não cabia".

Amaral, que foi ministro da Ciência e Tecnologia do governo Luiz Inácio Lula da Silva ao mesmo tempo em que Dilma era ministra da Casa Civil, disse que vai "pedir voto" para ela em viagens que fará ao Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, nos próximos dias.

"Vou pedir voto para ela onde eu puder", declarou o ex-ministro, ao comentar que encontrou a presidente "com ânimo maravilhoso".

Dilma, ontem, por sua vez, criticou a adesão do PSB a Aécio Neves, dizendo que Miguel Arraes não concordaria com isso. Amaral não quis falar de seu futuro político, acrescentando apenas que "estava tranquilo".

Mais tarde, quando a reportagem o procurou novamente, em razão das declarações do presidente do diretório estadual do PSB em Minas Gerais, deputado Júlio Delgado, que disse que Amaral, pela sua posição, não tem condições de permanecer no PSB, Roberto Amaral se irritou e limitou-se a responder: "Eu não respondo para porta-voz".

Amaral não quis falar sequer do que pretende do seu futuro político e apenas repetiu que não iria comentar o assunto.

Jantar

Ainda na noite de segunda-feira, depois de se encontrar com a presidente Dilma, Amaral foi jantar com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que, segundo ele, lhe apresentou dados "animadores" dos trackings da campanha em relação à presidente.

"Mesmo depois do final da campanha do primeiro turno, das denúncias envolvendo a Petrobras e do apoio da Marina Silva, ela ainda se conservava à frente de Aécio Neves. Isso é motivo de comemoração", observou.

Amaral citou ainda que a animação com a campanha aumentou com a divulgação da pesquisa Vox Populi, na noite de ontem, mostrando que a presidente Dilma tem 51% das intenções de voto, contra 49% de Aécio Neves.

"Ela ainda está na frente com tudo isso. É muito bom", comemorou.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEleiçõesEleições 2014Partidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSB – Partido Socialista BrasileiroPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

STF mantém prisão de Daniel Silveira após audiência de custódia

Suspeitas de trabalho análogo à escravidão em construção de fábrica da BYD na Bahia

PF abre inquérito para apurar supostas irregularidades na liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas

Natal tem previsão de chuvas fortes em quase todo o país, alerta Inmet