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Alunos deixam última Etec ocupada em protesto por merenda

Ainda de acordo com o centro, nesta quarta-feira, 18, não haverá aula, pois será feita uma vistoria no prédio


	Estudantes no Centro Paula Souza: ainda de acordo com o centro, nesta quarta-feira, 18, não haverá aula, pois será feita uma vistoria no prédio
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Estudantes no Centro Paula Souza: ainda de acordo com o centro, nesta quarta-feira, 18, não haverá aula, pois será feita uma vistoria no prédio (Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 12h40.

São Paulo - A última Escola Técnica Estadual (Etec) ocupada por estudantes em protesto contra a falta de merendas foi liberada na noite desta terça-feira, 17.

Segundo o Centro Paula Souza, a Etec Abdias do Nascimento, em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, os alunos desocuparam o local voluntariamente.

Ainda de acordo com o centro, nesta quarta-feira, 18, não haverá aula, pois será feita uma vistoria no prédio.

Pelo menos 15 Etecs foram ocupadas por alunos da rede estadual de ensino em ato por melhoria da merenda, pela instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa, para apurar a chamada Máfia da Merenda, e por outras reivindicações específicas de cada escola, como problemas de infraestrutura e falta de professores.

O prédio administrativo do Centro Paula Souza, que é responsável pelas Etecs, ficou ocupado por uma semana. A autarquia ainda não divulgou um balanço total de prejuízo com depredações.

As desocupações tiveram início depois de o governo estadual anunciar que substituiria a merenda seca, composta por bolacha e suco, por marmitex. A mudança passaria a valer só no segundo semestre.

Também pesou sobre as ocupações um entendimento jurídico da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE) que, na última semana, deu aval ao governo Geraldo Alckmim (PSDB) para realizar reintegrações de posse dos prédios sem necessidade de mandado judicial, medida inédita até então desde o início das ocupações estudantis em escolas no ano passado.

No mesmo dia o governo estadual retirou os alunos da Etesp, na Avenida Tiradentes, região central, e de duas diretorias de ensino que também estavam ocupadas.

Quase 100 alunos foram levados às delegacias e responderão por depredação ao patrimônio.

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