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Aloysio ironiza troca de críticas entre Dilma e Marina

"Nessas críticas que Dilma e Marina trocam as duas têm razão", disse candidato a vice na chapa do tucano Aécio Neves


	Aloysio Nunes: segundo o tucano, a relação do PSDB com o mercado é conhecida
 (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Aloysio Nunes: segundo o tucano, a relação do PSDB com o mercado é conhecida (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 16h54.

São Paulo - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice na chapa do tucano Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira, que as duas candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) têm razão em algum aspecto no embate que ambas têm travado sobre a relação das candidaturas com os banqueiros.

"Nessas críticas que Dilma e Marina trocam as duas têm razão", disse, durante a série Entrevistas Estadão.

Para Aloysio, Dilma tem razão quando combate o discurso de autonomia do Banco Central. O tucano disse ser pessoalmente contra a autonomia proposta por Marina.

"Acho que o BC não é um poder soberano, ele tem que cumprir as funções estabelecidas na legislação", disse.

Já nos argumentos de Marina, Aloysio disse concordar com a afirmação de que o "PT é queridinho do capital financeiro".

Marina tem dito que Dilma criou o "bolsa banqueiro". Já Dilma acusa a oposicionista de ser bancada por banqueiros, em referência a Neca Setubal, herdeira do Itaú, que integra a coordenação de campanha de Marina.

Aloysio, no entanto, disse que Marina, ao fazer as críticas, esquece que ela fez parte do governo do Lula e não se manifestava contra a política adotada.

"A Marina Silva fez parte do governo Lula. É uma tática que ela vem adotando que é borrar a história, como se ela estivesse surgindo agora. Ela foi ministra e não deu um pio sobre a política econômica do governo Lula", disse.

Segundo o tucano, a relação do PSDB com o mercado é conhecida.

"O que o PSDB é, é conhecido. A candidatura do Aécio não é improvisada. É uma candidatura com uma determinada visão de economia, menos intervencionismo, prestígio da democracia (...), a previsibilidade. Talvez, diante do desastre que é o governo Dilma, os agentes tenham preferido ir para um governo que tenha previsibilidade, que eles conheçam."

"Os bancos são empresas como qualquer outra. Não tenho nada contra nem à favor."

Aloysio disse ainda que não "demonizo banqueiros". "As duas é que estão demonizando", afirmou, em referência a Dilma e Marina.

Já participaram da série Entrevistas Estadão os principais candidatos à Presidência, ao governo de São Paulo, além de concorrentes ao Senado pelo Estado.

Na sexta-feira, 12, será a vez do vice-presidente Michel Temer (PMDB), vice na chapa da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).

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