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Aliados minimizam estagnação de Alckmin em pesquisa de intenção de voto

De acordo com o levantamento de hoje, do Ibope em parceria com o CNI, o tucano está com 6% das intenções de voto no cenário sem o ex-presidente Lula

Geraldo Alckmin: há rumores de que aliados do PSDB começam a discutir substituição do ex-governador por Doria na chapa presidencial (Adriano Machado/Reuters)

Geraldo Alckmin: há rumores de que aliados do PSDB começam a discutir substituição do ex-governador por Doria na chapa presidencial (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2018 às 16h48.

São Paulo - Aliados do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), presentes no evento de lançamento da pré-candidatura do apresentador de TV José Luiz Datena ao Senado pelo DEM, minimizaram o resultado da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 28, que mostrou que o presidenciável tucano continua sem força na preferência dos eleitores brasileiros.

De acordo com o levantamento de hoje, o primeiro feito pelo Ibope em parceria com o CNI sobre o ciclo eleitoral Presidencial deste ano, o tucano está com 6% das intenções de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo patamar visto no último Datafolha, divulgado no início do mês.

Jair Bolsonaro (PSL) lidera com 17%, empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), que tem 13%. Ciro Gomes (PDT) fica com 8% das intenções de voto, e Álvaro Dias (Podemos) aparece com 3%. Fernando Collor (PTC) e Fernando Haddad (PT) têm 2%. Henrique Meirelles (MDB), Rodrigo Maia (DEM), Flávio Rocha (PRB), Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D'Ávila (PCdoB) estão empatados com 1%.

Ex-prefeito da capital paulista e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, João Doria evitou comentar diretamente os números da pesquisa, mas disse entender que ainda há tempo para fazer a pré-candidatura de Alckmin decolar. "A política sempre demonstra que cada dia é uma eternidade. Temos tempo ainda para a consolidação, sua recuperação, e como tal, um candidato fortalecido e vencedor", minimizou.

Em meio a rumores de que aliados do PSDB começam a discutir a substituição do ex-governador por Doria na chapa que concorrerá ao Palácio do Planalto, o ex-prefeito reiterou que tal alternativa não está à mesa. "Não existe plano B ou C. Existe um plano A, de Alckmin", disse. "Uma boa coligação aqui em São Paulo vai ajudar muito Alckmin a caminhar ao segundo turno."

Também presente no evento de lançamento de Datena ao Senado, o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), disse que o Ibope de hoje não traz muita novidade. "Temos, pela primeira vez, um número muito grande de indecisos, brancos, nulos. Acho que ainda tem muita água para rolar", comentou.

Para Kassab, cujo partido indicou apoio a Alckmin desde o ano passado, mesmo a pontuação de Bolsonaro precisa ser colocado em perspectiva. "Quem está bem? A diferença de Bolsonaro para o pelotão dos embolados é só de dez pontos. Dez pontos não são nada", avaliou.

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também minimizou o resultado da sondagem divulgada hoje. "A gente vê que os números não trazem muita novidade, são uma demonstração de que todos têm muita dificuldade", disse.

O parlamentar ainda desconversou sobre o estado das negociações entre seu partido e Alckmin, que já declarou que uma aliança com o DEM é "tudo o que quer". "No momento certo a gente vai decidir".

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