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Alckmin volta a defender desembarque do PSDB após reformas

O tucano acrescentou ainda que, em caso de aceitação de denúncias, o presidente da República não deveria ser afastado do cargo por 180 dias

Michel Temer: "Nós defendemos completar as reformas" (José Cruz/Agência Brasil)

Michel Temer: "Nós defendemos completar as reformas" (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 20h12.

São Paulo - No dia da votação do parecer favorável ao arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a afirmar que o desembarque tucano do governo deveria ocorrer após aprovação das reformas atualmente em debate no Congresso.

"Nós defendemos completar as reformas. Daqui a dois meses, no máximo, 45 dias, se não fizer a reforma política, não vai fazer mais porque tem o princípio da anualidade. Então você tem que votar até setembro. A reforma da Previdência, se não votar logo, também fica difícil. Então nós defendemos que, encerrado esse período, se depender de mim, nós não teremos cargos no governo, aliás o que eu defendi lá trás", afirmou o governador, durante entrega de casas populares na cidade de Monte Mor, na região de Campinas, na manhã desta quarta-feira, 2.

O governador defendeu ainda mudança na legislação para que o Legislativo não tenha prerrogativa para autorizar investigação contra chefes do Executivo.

"Eu acho que, primeiro, não deveria ter que ser necessário autorização da Câmara (admitir denúncia contra presidente). Se o procurador entende que é uma denúncia, a encaminha ao Judiciário. O Judiciário a aceita ou não, como é para prefeito ou governador, quando ninguém precisa pedir autorização", afirmou.

Alckmin acrescentou ainda, em segundo lugar, que, em caso de aceitação de denúncias, o presidente da República não deveria ser afastado do cargo por 180 dias.

"Imagine que você o afastou por seis meses e depois chega à conclusão de que a denúncia é inepta. Como é que você repara isso?", questionou.

Questionado sobre a votação desta quarta-feira em Brasília, o governador admitiu que há divisão no partido e que haverá o bloco dos favoráveis e dos contrários à aceitação da denúncia contra o presidente Temer.

 

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