Alckmin diz que prazo limite para desconto em carros populares não é decisão definitiva
Presidente da República em exercício afirmou, no entanto, que "provavelmente" estímulo seria encerrado após término do orçamento
Agência de notícias
Publicado em 20 de junho de 2023 às 12h19.
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira que "não é uma decisão definitiva" o prazo estipulado para o programa de descontos em carros populares. Alckmin, no entanto, afirmou que "provavelmente" acabando o orçamento destinado para o estímulo, o programa de desconto precisaria ser encerrado.
"Isso vai ser decidido um pouco mais para frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas provavelmente acabou os R$ 500 milhões, acabou o programa, o estímulo. Vai continuar o do caminhão e do ônibus porque esse é mais demorado, porque você tem que retirar da rua o caminhão antigo ou ônibus antigo para renovar a frota. Mas essa é uma decisão um pouquinho mais a frente", afirmou após evento sobre mercado de carbono.
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Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que "não tem margem" para ampliar os recursos destinados ao estímulo para compra dos carros. Ao todo, o governo destinou R$1,5 bilhão para o programa de desconto, sendo R$ 500 milhões para automóveis; R$ 700 milhões para caminhões; e R$ 300 milhões para vans e ônibus.
A proposta do governo é que o estímulo seja uma solução transitória e dure quatro meses, na expectativa da redução da taxa de juros, ou até o final dos recursos. Alckmin, no entanto, afirmou nesta terça-feira que "enquanto o juro não cai", o governo continuará ajudando o consumidor a ter acesso aos veículos.
"Enquanto o juro não cai, e temos certeza que ele vai cair, vamos ajudar para que o consumidor possa ter acesso", afirmou.
O presidente em exercício voltou a criticar a taxa de juros do país e afirmou que o sucesso do programa mostrou que a redução da carga tributária ajuda a vender mais. Alckmin ainda afirmou que a indústria automobilística estava ociosa em razão da taxa de juros.
"Agora, o fato é que foi um sucesso. E mostrou o seguinte: reduza um pouco a carga tributária que vende mais", afirmou. "O que o governo fez foi dar um crédito tributário porque 50% da indústria estava ociosa, e por que disso? Juros alto", completou.
Mercado de Carbono
O presidente em exercício afirmou ainda que o governo está concluindo um projeto de lei para regular o mercado de carbono, mas que ainda não está definido qual é o melhor meio de enviar a proposta para o Congresso Nacional. Hoje, outros três projetos estão tramitando nas casas.
"Governo está concluindo o projeto de lei (sobre mercado de carbono) para avaliar a melhor maneira de envia-lo. Acho que é questão de semanas para o governo definir, porque você tem bons projetos no Congresso e o governo também elaborou, fruto de um trabalho interministerial, o projeto de mercado regulado de carbono. Vai ser uma avaliação política a melhor maneira de fazê-lo."