Alckmin diz que com 17% dos votos estará no segundo turno
Tucano conta com 8,1% das intenções de voto no cenário sem o ex-presidente Lula, segundo o último levantamento CNT/MDA
Karin Salomão
Publicado em 24 de maio de 2018 às 15h18.
Última atualização em 6 de dezembro de 2018 às 12h34.
São Paulo — O pré-candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin,ainda não pontuou nem dez pontos percentuais das intenções voto, mas está certo de que chegará ao segundo turno das eleições 2018 com pelo menos 17% dos votos. Pelo menos é o que ele disse hoje durante o EXAME Fórum : Combate à ilegalidade, em São Paulo.
“Temos duas tarefas. Uma é chegar ao segundo turno. Acho que nós vamos chegar. Com 17% vamos estar lá. No segundo turno, é uma outra eleição”, afirmou o tucano. Ele acredita que, ainda que seu desempenho nas pesquisas eleitorais esteja aquém do desejado, o cenário eleitoral ficará mais claro conforme as eleições se aproximam.
Na última pesquisa CNT/MDA, divulgada em 14 de maio, o tucano aparece com até 8,1% das intenções de voto no cenário em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fica de fora da disputa. "Claro que todo mundo gostaria de ter um nível de intenções de voto mais alto", disse Alckmin.
O ex-governador de São Paulo atribui seu fraco desempenho nas pesquisas de intenção de voto a um desencanto generalizado com as eleições de 2018. "Não há eleição fácil e é bom que seja assim", disse.
Para ele, seu desempenho eleitoral deve ter uma reviravolta a partir de agosto, quando a campanha começa oficialmente com a propaganda no rádio e na TV e a possibilidade de realização de comícios. "Em agosto, a Copa do Mundo já terá acabado e todos saberão quem são os candidatos. Tem muitos partidos que dizem ter candidato, mas que não vão ter", afirmou.
Reforma tributária
Ao analisar desafios e tarefas que o futuro presidente precisará enfrentar, o ex-governador afirmou que é preciso simplificar o modelo tributário. "Temos que destravar a economia e desregulamentar", afirmou.
Alckmin ponderou que, no Brasil, há muitas regras, leis e exceções que acabam prejudicando o avanço da economia. "Temos uma cultura de cartório, de regras, em que o resultado não interessa", disse.
Por isso, na visão dele, a reforma tributária é uma das grandes mudanças que serão necessárias, para aumentar o investimento das empresas no país. "Não tem crescimento sem investimento e não tem investimento sem uma segurança jurídica e um mínimo de previsibilidade na economia", comentou.