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Alckmin deve anunciar em uma semana seu coordenador econômico

Segundo Alckmin, a questão central de sua proposta será a retomada do emprego e a distribuição da renda, mas com política fiscal dura

Alckmin: o governador não quis antecipar o coordenador porque disse que ainda precisa acertar os últimos detalhes (Germano Lüders | EXAME/Site Exame)

Alckmin: o governador não quis antecipar o coordenador porque disse que ainda precisa acertar os últimos detalhes (Germano Lüders | EXAME/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 18h36.

Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira, 9, que irá anunciar em até uma semana o nome do coordenador de sua equipe econômica para as eleições de 2018.

Em conversa com a imprensa, na sede da legenda, em Brasília, o tucano detalhou um pouco do que deve ser seu plano de governo para a campanha eleitoral. Segundo Alckmin, a questão central de sua proposta será a retomada do emprego e a distribuição da renda, mas com política fiscal dura.

"O centro [do plano de governo] é emprego e renda. Mas a questão fiscal também será importante. O mundo que cresce tem política fiscal dura", explicou. "[Minha proposta] será de política monetária com juro baixo e câmbio flutuante". Alckmin não quis antecipar o coordenador porque disse que ainda precisa acertar os últimos detalhes. "Falta conversar com a noiva", resumiu.

Como seu "cartão de visitas", o governador apresentou tabelas que comparam o crescimento real das receitas e despesas primárias da União e do Estado de São Paulo, governado por ele desde 2011. "As reformas são necessárias. Somos pioneiros em São Paulo, [o Estado] é exemplo de ajuste fiscal. Já fizemos o ajuste. Temos que tirar esse estado pesado das costas do trabalhador", defendeu antes de enaltecer as contas públicas do Estado. "Devemos fazer um superávit de R$ 5,4 bilhões em 2017, vamos salvar o governo federal", afirmou.

Alckmin também minimizou as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Isso porque, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, FHC disse que o governador ainda precisa provar ser capaz de aglutinar o centro do espectro político. "Fernando Henrique foi mal interpretado. O que ele falou é que é preciso unir o centro", respondeu.

O tucano ainda evitou confronto com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se movimentam para se viabilizarem como candidatos de centro da base aliada ao Palácio do Planalto.

Questionado sobre declarações de Maia de que "há uma avenida aberta" para um candidato de centro, Alckmin apenas concordou. "Maia tem razão quando fala que não tem como ter um candidato só. Esse modelo nosso [presidencialismo] estimula múltiplas candidaturas", disse. "Tenho grande apreço pelo DEM, tem lideranças jovens importantes como [ACM] Neto e Rodrigo Maia", acrescentou.

O governador de São Paulo esquivou-se também ao ser indagado sobre a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sua condenação confirmada pela Justiça, o que inviabilizaria sua candidatura. Ele ironizou, no entanto, as caravanas promovidas recentemente pelo petista. "Essas caravanas não têm o mesmo efeito de antes, é chapa-branca", explicou. "Campanha eleitoral no presidencialismo é canelada. O PT não tem limites, os fins justificam os meios para o partido", criticou.

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