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Alckmin anuncia medidas para enfrentar crise hídrica em SP

O governador informou que, a partir de 2016, as represas serão abastecidas com água tratada e previamente utilizada pela população


	Alckmin: o governo estadual também anunciou a construção de 29 novos reservatórios
 (Edson Lopes Jr./Divulgação)

Alckmin: o governo estadual também anunciou a construção de 29 novos reservatórios (Edson Lopes Jr./Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 12h41.

São Paulo - O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira medidas para enfrentar em médio prazo a pior crise hídrica de sua história.

O governador Geraldo Alckmin informou que, a partir de 2016, as represas, que se encontram em níveis críticos, serão abastecidas com água tratada e previamente utilizada pela população, a fim de depender menos da chuva, que foi escassa nos últimos meses.

Para isso, será construída uma Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR), que gerará dois metros cúbicos de água por segundo no reservatório de Guarapiranga, que abastece 4,9 milhões de pessoas na capital paulista.

Esta água será tratada duas vezes e devolvida posteriormente ao Guarapiranga com "economia e qualidade".

O governo estadual também anunciou a construção de 29 novos reservatórios que ampliarão a capacidade de armazenamento de água em 10% na região metropolitana de São Paulo.

Apesar das chuvas dos últimos dias, o nível dos reservatórios do sistema Cantareira, responsáveis pelo fornecimento de água a 6,5 milhões de pessoas, caiu levemente nesta quarta-feira e se situou em 11,8% de sua capacidade do segundo "volume morto".

Nos primeiros cinco dias de novembro, São Paulo registrou 43,2 milímetros de chuva na região metropolitana, quantidade que supera os 42,5 milímetros de todo mês de outubro.

A seca, agravada em São Paulo, mas que se estende por outras regiões do país, também pode ter repercussões em outros setores da infraestrutura, como o fornecimento de energia elétrica.

O Ministério de Minas e Energias alertou hoje que o índice de previsões para o risco de desabastecimento de energia para o próximo ano se encontram em 5%, o máximo tolerado pelo governo.

Perante esta situação, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) ressaltou que podem ser necessárias "ações conjunturais específicas", embora não tenha especificado quais.

O risco de sofrer um déficit de energia em 2015 ameaça principalmente às regiões sudeste e centro-oeste, responsáveis por 70% da capacidade de geração de energia do país e onde os reservatórios das hidrelétricas sofrem com a falta de chuvas. 

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