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AI pede que Brasil dê prioridade à resolução de assassinato de Marielle

Diretora da Anistia Internacional afirmou que a resolução do caso é importante para a proteção de outros defensores dos direitos humanos no Brasil

Marielle: A AI afirmou que a execução da vereadora foi planejada e realizada por pessoas treinadas (Jose Cabezas/Reuters)

Marielle: A AI afirmou que a execução da vereadora foi planejada e realizada por pessoas treinadas (Jose Cabezas/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de abril de 2018 às 11h41.

Rio de Janeiro - A Anistia Internacional (AI) pediu nesta sexta-feira às autoridades brasileiras que deem "prioridade" à resolução dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista no Rio de Janeiro, às vésperas de completar 1 mês destas execuções.

"A sociedade tem que saber quem matou Marielle e porque. Cada dia que este caso segue sem ser resolvido, se agravam o risco e a incerteza em torno dos defensores e defensoras dos direitos humanos", apontou Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, citada em um comunicado.

Werneck indicou que quando o Estado não leva os culpados perante a Justiça, "transmite a mensagem que se pode matar com impunidade os que defendem os direitos humanos".

"As autoridades devem expressar claramente que isto não vai mais acontecer e rapidamente investigar quem matou Marielle e quem ordenou sua morte", acrescentou Werneck na nota.

"Foi um assassinato cuidadosamente planejado e feito por pessoas treinadas", apreciou AI.

A AI reiterou que "não identificar todos os responsáveis poria em grave perigo dezenas de defensores e defensoras dos direitos humanos" do Brasil, "um dos países mais perigosos para os que defendem, com pelo menos 58 homicídios em 2017".

"O assassinato de uma defensora dos direitos humanos dos negros e homossexuais tem a finalidade clara de silenciar sua voz e gerar medo e insegurança", disse Werneck.

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