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Água do Cantareira baixa para 9,8% do total, apesar de chuva

Com marca, reserva hídrica se aproxima do volume crítico que havia em 15 de maio último, véspera da entrada em operação da atual utilização da reserva técnica


	Cantareira: haverá redução da dependência do sistema para abastecimento de 500 mil moradores
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Cantareira: haverá redução da dependência do sistema para abastecimento de 500 mil moradores (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 13h49.

São Paulo - As chuvas mais abundantes que caem no estado ainda não tiveram repercussão sobre o volume de água das seis represas que formam o Sistema Cantareira, o principal manancial da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e que abastece 374 cidades, incluindo parte da capital paulista, municípios da Grande São Paulo e outros do interior.

Nos primeiros dez dias de setembro, o acumulado de chuva atingiu 30,1 milímetros (mm), pouco para evitar que continue baixando o volume de água disponível para distribuição em residências e empresas comerciais.

Hoje (10), havia apenas 9,8% do total da capacidade de operação, ante 10% registrado ontem (09).

Com essa marca, a reserva hídrica se aproxima do volume crítico que havia em 15 de maio último (8,2%), véspera da entrada em operação da atual utilização da reserva técnica.

Naquele período, foram acrescidos 182,5 bilhões de água, elevando o nível em 18,5%, alcançando um volume total disponível de 982,07 bilhões de litros.

Segundo a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, no entanto, o abastecimento de água está garantido até março de 2015.

Além disso, a expectativa é que, até o final do mês, chova regularmente e não haja necessidade de se recorrer à segunda cota da chamada reserva técnica ou volume morto.

Essa solução só será utilizada em último caso, segundo o governo paulista. Além disso, gradativamente, será reduzida a dependência do Sistema Cantareira para outros mananciais.

A nota divulgada pela secretaria informa ainda que, já a partir deste mês, o processo de transferência de água para a área abastecida por Cantareira permitirá o bombeamento de mais 500 litros por segundo com a utilização das águas do Rio Grande, e, em outubro, mais 1.000 litros por segundo retirados do Rio Guarapiranga.

Com esse volume, haverá uma redução da dependência do Cantareira para o abastecimento de 500 mil moradores.

Só neste ano, acrescenta a nota, a estimativa é diminuir de 8,8 milhões para 6 milhões o número de consumidores atendidos por esse sistema.

Como medida preventiva, a Sabesp solicitou a retirada de 106 bilhões de litros de água da segunda reserva técnica do Sistema Cantareira.

A obra já foi autorizada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), porém, não há previsão para o início.

De acordo com o meteorologista Franco Villela, do 7º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia, não há previsão de chuvas expressivas para os próximos dias.

Ele informou que a virada do tempo, esperada para a próxima sexta-feira (12), pode vir acompanhada de algum chuvisco.

“A tendência está mais para uma brisa marítima”, esclareceu. Essa condição, assegurou, deve melhorar um pouco a secura do ar. No sábado (13), porém, o tempo voltará a ficar mais seco.

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