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Agentes penitenciários em greve liberarão visitas a presos

Agentes de segurança penitenciária do estado de São Paulo vão manter equipes trabalhando, no próximo final de semana, dias 15 e 16


	Presídio: “Não se trata de uma suspensão da greve”, advertiu o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp)
 (MARIO RODRIGUES /VEJA SÃO PAULO)

Presídio: “Não se trata de uma suspensão da greve”, advertiu o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) (MARIO RODRIGUES /VEJA SÃO PAULO)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 14h49.

São Paulo - Em greve desde a última segunda-feira (10) os agentes de segurança penitenciária do estado de São Paulo vão manter equipes trabalhando, no próximo final de semana, dias 15 e 16. Porém, apenas para alguns serviços como permitir a entrada de visitantes às unidades prisionais, após identificação dos cadastrados, revista e condução até o local de visitas aos encarcerados.

“Não se trata de uma suspensão da greve”, advertiu o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo, na manhã de hoje (13), acrescentando que a paralisação ganhou novas adesões como as de unidades do Vale do Paraíba e da Baixada Santista.

Ele justificou que a medida de abrir uma brecha no movimento visa tão somente a liberação das visitas. Já as demais atribuições, como a transferência de presos e a entrada de advogados e oficiais de justiça continuarão interrompidas pela greve que, na avaliação dele, atinge 90% dos agentes.

A categoria soma em torno de 30 mil servidores em todo o estado e reivindica entr<grafico/>e outras melhorias a concessão de um reajuste salarial de 20,64%, para repor perdas causadas pela inflação acumulada de 2007 a 2012, além de 5% de aumento real.

Grandolfo argumentou ainda que a proposta apresentada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) está muito aquém do pretendido. Entre os itens oferecidos está o pagamento de diárias especiais que acrescentaria ao salário um valor de R$ 161,12. O pagamento, no entanto, só seria efetuado em caso de convocação extraordinária em dia de folga, disse o líder sindical.

O Sindasp encaminhou pedido para uma nova rodada de negociações, mas segundo Grandolfo, até o final da manhã de hoje não havia resposta do governo paulista. Em nota divulgada ontem (12), a SAP informou ter apresentado aos agentes um conjunto de propostas que, na avaliação do órgão, são melhorias “alinhadas aos pleitos da categoria e representam benefícios e ganhos reais aos servidores”

De acordo com o último balanço da SAP, divulgado na mesma nota, até 68 das 158 unidades prisionais estavam sendo afetadas pela greve. A Agência Brasil entrou em contato com a SAP, para obter um balanço do movimento no dia de hoje, mas até obteve retorno do órgão.

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