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Aécio vê manobra em citação de Anastasia na Lava Jato

Anastasia teve o nome citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", em depoimento prestado no último mês de novembro à PF

Antonio Anastasia: ele afirmou que estava disposto a fazer uma acareação com policial (Renato Araujo/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 17h30.

Brasília - O presidente nacional do PSDB , senador Aécio Neves (PSDB), considerou nesta terça-feira que a citação do ex-governador de Minas Gerais e senador tucano eleito Antônio Anastasia no processo da Lava Jato é uma "manobra" para enfraquecer as investigações realizadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Anastasia teve o nome citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", em depoimento prestado no último mês de novembro à PF.

Na ocasião, Careca relata que parcela de R$ 1 milhão teria sido repassado ao tucano em 2010, quando o político disputava a reeleição ao governo estadual.

O agente disse só soube que se tratava de Anastasia após o término da disputa eleitoral.

O mineiro nega e afirmou que estava disposto a fazer uma acareação com o policial.

Tabela apreendida pela PF em um escritório do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, indica que Jayme Careca fez ao menos 31 entregas de dinheiro vivo entre 2011 e 2012, em um total de R$ 16,9 milhões.

A defesa do doleiro Alberto Youssef contestou a informação prestada pelo agente e deve apresentar uma petição na Justiça Federal do Paraná neste sentido nesta quarta-feira, 14.

"O PSDB vem a público denunciar as manobras em curso para confundir, enfraquecer e tirar a credibilidade das investigações que estão sendo conduzidas na Operação Lava Jato. A comprovação feita pelo doleiro Alberto Youssef, divulgada hoje pelo seu advogado, de que o policial Jayme Alves Filho mentiu quando envolveu o senador Antonio Anastasia como um dos beneficiários da organização criminosa investigada, revela a gravidade e o alcance dessas articulações", afirma Aécio Neves em nota.

"Misturar falsas acusações com fatos reais já comprovados é estratégia de quem tenta minar a credibilidade das investigações", acrescentou o tucano.

Anastasia é considerado como braço direito de Aécio Neves, que disputou e perdeu as últimas eleições presidenciais.

"Mesmo tendo sido desmascarada a farsa que atingiu o ex-governador e senador eleito, o PSDB considera fundamental que sejam identificados responsáveis pela mesma e as suas motivações", conclui Aécio.

Em uma outra linha de ação, os advogados de Anastasia apresentaram nesta terça-feira pedido à Justiça Federal do Paraná para ter acesso ao depoimento do policial federal.

"Não obstante o requerente negue peremptoriamente tal irresponsável insinuação, despiciendo discorrer sobre magnitude da repercussão negativa de um depoimento tal como posto, mormente quando requerente esteja tolhido, por absoluto desconhecimento dos termos das circunstâncias como depoimento foi prestado, da possibilidade de esclarecer os fatos de forma cabal imediata, minimizando os danos sua imagem", diz trecho da petição assinada pelos advogados Maurício de Oliveira Campos Júnior e Juliano de Oliveira Brasileiro.

No documento, os defensores de Anastasia também pedem a cópia física ou digital das declarações do policial federal.

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Brasília - O presidente nacional do PSDB , senador Aécio Neves (PSDB), considerou nesta terça-feira que a citação do ex-governador de Minas Gerais e senador tucano eleito Antônio Anastasia no processo da Lava Jato é uma "manobra" para enfraquecer as investigações realizadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Anastasia teve o nome citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", em depoimento prestado no último mês de novembro à PF.

Na ocasião, Careca relata que parcela de R$ 1 milhão teria sido repassado ao tucano em 2010, quando o político disputava a reeleição ao governo estadual.

O agente disse só soube que se tratava de Anastasia após o término da disputa eleitoral.

O mineiro nega e afirmou que estava disposto a fazer uma acareação com o policial.

Tabela apreendida pela PF em um escritório do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, indica que Jayme Careca fez ao menos 31 entregas de dinheiro vivo entre 2011 e 2012, em um total de R$ 16,9 milhões.

A defesa do doleiro Alberto Youssef contestou a informação prestada pelo agente e deve apresentar uma petição na Justiça Federal do Paraná neste sentido nesta quarta-feira, 14.

"O PSDB vem a público denunciar as manobras em curso para confundir, enfraquecer e tirar a credibilidade das investigações que estão sendo conduzidas na Operação Lava Jato. A comprovação feita pelo doleiro Alberto Youssef, divulgada hoje pelo seu advogado, de que o policial Jayme Alves Filho mentiu quando envolveu o senador Antonio Anastasia como um dos beneficiários da organização criminosa investigada, revela a gravidade e o alcance dessas articulações", afirma Aécio Neves em nota.

"Misturar falsas acusações com fatos reais já comprovados é estratégia de quem tenta minar a credibilidade das investigações", acrescentou o tucano.

Anastasia é considerado como braço direito de Aécio Neves, que disputou e perdeu as últimas eleições presidenciais.

"Mesmo tendo sido desmascarada a farsa que atingiu o ex-governador e senador eleito, o PSDB considera fundamental que sejam identificados responsáveis pela mesma e as suas motivações", conclui Aécio.

Em uma outra linha de ação, os advogados de Anastasia apresentaram nesta terça-feira pedido à Justiça Federal do Paraná para ter acesso ao depoimento do policial federal.

"Não obstante o requerente negue peremptoriamente tal irresponsável insinuação, despiciendo discorrer sobre magnitude da repercussão negativa de um depoimento tal como posto, mormente quando requerente esteja tolhido, por absoluto desconhecimento dos termos das circunstâncias como depoimento foi prestado, da possibilidade de esclarecer os fatos de forma cabal imediata, minimizando os danos sua imagem", diz trecho da petição assinada pelos advogados Maurício de Oliveira Campos Júnior e Juliano de Oliveira Brasileiro.

No documento, os defensores de Anastasia também pedem a cópia física ou digital das declarações do policial federal.

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