Ações em São Paulo marcam 23 anos de cotas para deficientes
Lei de Cotas exige que as empresas com mais de 100 funcionários destinem porcentagem de vagas para pessoas com deficiência
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2014 às 12h56.
São Paulo - Diversas atividades na capital paulista lembram hoje (24) os 23 anos da Lei de Cotas , que promove no país a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Entre as atividades previstas, estão uma sessão solene no auditório da Biblioteca Mário de Andrade, no centro da cidade, debates, apresentações culturais, caminhada pelas ruas do centro até o Teatro Municipal e soltura de balões ecológicos.
A Lei de Cotas exige que as empresas com mais de 100 funcionários destinem porcentagem de vagas para pessoas com deficiência. O desrespeito à lei gera multas que variam de R$ 1.812,87 a R$ 181.248,63.
Segundo indicadores do Ministério do Trabalho , 330,3 mil pessoas com deficiência estão formalmente empregadas no Brasil. O número de deficientes que exercem algum tipo de atividade, porém, é superior, chega a 20,2 milhões. No total, o país tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência.
Para Marcelo Vitoriano, gerente de parcerias institucionais e inclusão da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência, a inclusão de deficientes no mercado de trabalho ainda é tímida. “Se pensar nas empresas, se elas contratassem, abririam mais de 1 milhão de vagas [para deficientes]",disse”. “O preconceito e o desconhecimento dificultam abertura de vagas”, acrescentou.
Marcelo, que trabalha há 20 anos no ramo, conta que o problema da empregabilidade afeta a todos os trabalhadores, e não apenas aqueles com deficiências. Como solução, as companhias têm investido em capacitação. “Todas as pessoas que decidem investir recursos em acessibilidade, capacitação e prepararam o público interno, conseguiram contratar, e tiveram programas bem-sucedidos”, declarou.
O evento, que começou às 9h e segue até as 12h30 é organizado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, em parceria com organizações não governamentais, entidades e centrais sindicais.