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"Ação na Cracolândia não estava em projeto", dizem secretários

Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde, disse que a ação foi uma situação "excepcional e necessária através da avaliação da equipe de segurança"

Cracolândia: "Não tivemos nenhum tipo de informação que [a ação] iria ser feita" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Agência Brasil)

Cracolândia: "Não tivemos nenhum tipo de informação que [a ação] iria ser feita" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2017 às 17h28.

Última atualização em 26 de maio de 2017 às 11h34.

O secretário municipal de Governo, Julio Semeghini, atribuiu nesta quinta-feira, 25, a responsabilidade da operação na Cracolândia ao governo estadual, afirmando que a ação policial "foi totalmente diferente" do projeto Redenção, proposta da gestão do prefeito João Doria (PSDB) para dependentes químicos da área.

Semeghini disse que a operação policial foi uma decisão do governo estadual. "A ação é da polícia. Isso é coisa de segurança. É do Estado.

E a decisão foi deles. Não houve 'Dia D'. O que houve, na verdade, foi essa ação, que foi totalmente diferente do nosso projeto", afirmou.

"O projeto Redenção nunca previu, nunca planejou. Nunca fez parte do nosso projeto esse 'Dia D'", complementou, referindo-se à ação da Polícia.

O secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, reforçou a versão e disse que o 'Dia D' não estava no projeto e que foi uma situação "excepcional, policial e necessária através da avaliação da equipe de segurança".

Pollara disse ainda que não foi informado previamente sobre a ação policial na Cracolândia.

"A situação policial foi feita sob sigilo. Não tivemos nenhum tipo de informação que ela iria ser feita. Para mim, não vazou", afirmou.

Essas e outras explicações tiveram que ser dadas para promotores do Ministério Público Estadual, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e movimentos sociais em reunião do projeto Redenção na manhã desta quinta, na sede da Prefeitura.

Após o encontro, o prefeito disse que a estratégia do projeto Redenção será a de "avaliação cotidiana", o que "vai reduzir mujto a possibilidade de equívocos".

As avaliações cotidianas, segundo ele, serão acompanhadas por dois grupos de trabalho que foram montados na reunião.

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