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90% dos brasileiros querem exigência de vacinação na volta ao escritório

Uma pesquisa global feita pelo LinkedIn mostra ainda que 43% dos entrevistados preferem um modelo híbrido de trabalho

Vacinação contra o Covid-19 em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 21 de setembro de 2021 às 15h22.

Última atualização em 21 de setembro de 2021 às 15h43.

Uma pesquisa global feita pelo LinkedIn mostra que 90% dos brasileiros apoiam a exigência de vacinação contra a covid-19 na volta ao trabalho presencial. A população do país é uma das que mais defendem a medida, se comparado com a Espanha (71%) e com o México (86%). A sondagem foi feita em agosto com 1.000 entrevistados que trabalhavam no escritório antes das medidas de restrição.

Sobre o modelo ideal de trabalho, 43% dos entrevistados disseram que preferem um modelo híbrido. Para 27%, o ideal seria retornar somente com trabalho presencial, e outros 30% afirmaram que gostariam do teletrabalho permanente.

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Entre aqueles que responderam que preferem trabalhar em casa, seja parcialmente ou 100%, disseram que a escolha do modelo remoto foi motivada por cinco fatores: evitar transporte diário (45%), ser mais produtivo (30%), ter uma vida profissional equilibrada (45%), manter a saúde mental (31%), e facilitar o cuidado e educação dos filhos (20%).

Para os que gostariam do modelo 100% presencial, 51% dizem que no ambiente do escritório o trabalho é mais produtivo. Para 46%, a possibilidade de estar próximo aos colegas motiva o fim do home office. Já 41% acreditam que há mais oportunidades de carreira quando há um relacionamento presencial.

A preferência dos brasileiros pela exigência da vacinação foi medida também pela pesquisa EXAME/IDEIA realizada no começo de agosto.De acordo com as entrevistas, 67% dos brasileiros acham que os empregadores podem exigir a vacinação contra o coronavírus dos funcionários . Os que discordam dessa medida são 12%, e os que nem concordam nem discordam somam 21%.

No fim de junho, a Justiça do Trabalho confirmou, pela primeira vez, uma demissão por justa causa de uma funcionária que se recusou a se vacinar contra a covid-19. A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo e envolveu uma auxiliar de limpeza de um hospital. O entendimento foi de que o interesse particular não pode prevalecer sobre o coletivo. O caso é polêmico e ainda cabe recurso.

Vacinação

O Brasil já vacinou, com pelo menos a primeira dose, mais de 141 milhões de pessoas, o que corresponde a 66% da população, ultrapassando os Estados Unidos (com 63%). Olhando para as pessoas totalmente imunizadas, o Brasil está bem atrás (35% ante 54%).

De acordo com o último documento divulgado pelo Ministério da Saúde, atualizado no dia 15 de setembro, o Brasil tem um total de 632.512.770 doses de vacinas contra a covid-19 contratadas com a Fiocruz/AstraZeneca, Instituto Butantan/Sinovac, Pfizer-BioNTech, Janssen, e pelo consórcio Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O total, já exclui as 20 milhões de doses da vacina indiana que estavam em negociação com a Precisa Medicamentos — contrato que é alvo de investigações da CPI da Covid-19 — e outras 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, que também teve o contrato suspenso.

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