Urna eletrônica: corrupção desanima eleitores brasileiros (./Divulgação)
Luiza Calegari
Publicado em 13 de março de 2018 às 10h56.
Última atualização em 13 de março de 2018 às 11h32.
São Paulo - Quase metade dos brasileiros está pessimista em relação às eleições deste ano, de acordo com uma pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta terça-feira (13).
Na pesquisa, 44% dos entrevistados se disseram pessimistas; 22% afirmaram não estar nem pessimistas nem otimistas; outros 20% se mostraram otimistas; e 13% não souberam ou não quiseram opinar.
Mas qual a razão do pessimismo? A pesquisa deixou que as pessoas respondessem, sem oferecer alternativas prontas, e a resposta que mais apareceu foi corrupção, seguida pela falta de confiança nos políticos.
Entre os que estão otimistas, o maior motivo é a expectativa por mudança e renovação, seguido pela esperança no voto e na participação popular.
A pesquisa tem um índice de confiança de 95%, e ouviu 2 mil pessoas em 127 cidades brasileiras.
A pesquisa do Ibope também perguntou quais eram as características mais importantes para um candidato à presidência.
As respostas mais citadas foram: ser honesto e não metir em campanha (87%); nunca ter se envolvido em casos de corrupção (84%); e transmitir confiança (82%).
Além disso, 72% dos entrevistados disseram que votam nos candidatos de que gostam, independentemente do partido em que eles estejam. No entanto, 64% concordam com a afirmação de que o partido do candidato à presidência é importante.
Segundo o levantamento, o PT é o partido com maior percentual de apoiadores, com 19% de apoio. Somente outros três partidos tiveram mais de 1% de votos: o MDB (7%), o PSDB (6%) e o PSOL (2%). 48% dos entrevistados disseram não ter preferência por nenhum partido.
A pesquisa mostrou ainda que 92% da população considera importante ou muito importante que o candidato à Presidência defenda o controle dos gastos públicos, e que conhecer os problemas do país é a característica profissional apontada como mais importante para um candidato.
(com Reuters)