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23% dos brasileiros acreditam no "rouba mas faz", diz pesquisa

Pesquisa do Ipsos também mostra que 55% das pessoas atribuem a culpa pela realidade brasileira aos eleitores que votaram em políticos corruptos

Corrupção: 51% dos brasileiros consideram que o tema "como acabar com a corrupção" é pouco discutido no País (Ricardo Matsukawa/ Veja.com/VEJA)

Corrupção: 51% dos brasileiros consideram que o tema "como acabar com a corrupção" é pouco discutido no País (Ricardo Matsukawa/ Veja.com/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 08h29.

Última atualização em 19 de dezembro de 2017 às 10h27.

São Paulo - Em um ano e sete meses caiu em 13 pontos porcentuais a parcela da população que acredita ser possível separar política de corrupção.

De acordo com pesquisa realizada em novembro pelo Instituto Ipsos, esse índice hoje é de 70% - em abril de 2016, era de 83%.

Com 1,2 mil entrevistas realizadas, em 72 municípios brasileiros, o levantamento ainda aponta que 51% dos brasileiros consideram que o tema "como acabar com a corrupção" é pouco discutido no País, apesar do avanço da Lava Jato.

A pesquisa também mostra que 55% das pessoas atribuem a culpa pela realidade brasileira aos eleitores que votaram em políticos envolvidos em escândalos de corrupção - essa opinião é maior entre pessoas com curso superior (59%), com 60 anos ou mais (57%) e nas classes mais pobres C e D (58%).

Outros 23% ainda admitem que o que "o que vale são políticos e partidos que roubam, mas fazem", contra 73% contrários a esse tese.

"Mesmo que haja, de certa forma, a percepção de saturação da discussão acerca de 'corrupção' em si entre o público geral, existe a demanda para que outras camadas relevantes do tema sejam exploradas", afirma Rupak Patitunda, gerente da Ipsos Public Affairs. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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