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106 vagas do Mais Médicos não são preenchidas; 86 estão no Amazonas

Do total de vagas não preenchidas, 63 estão em distritos sanitários especiais indígenas

Mais Médicos: até hoje, 53% dos profissionais com registro no Brasil que se inscreveram no edital de convocação do Mais Médicos já tinham se apresentado (Getty/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 18h00.

Balanço divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Ministério da Saúde mostra que, do total de 8.517 vagas ofertadas no último edital do programa Mais Médicos , 98,7% foram preenchidas (8.411).

Ainda estão abertas 106 vagas em 29 localidades para as próximas etapas da convocação, a maior parte delas (86 vagas), no Estado do Amazonas. Também restaram 20 vagas no Amapá e no Pará.

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Do total de vagas não preenchidas, 63 estão em distritos sanitários especiais indígenas. Somente no Dsei Alto Solimões, ainda há 22 vagas; no Alto Rio Negro, sobraram 11 vagas. Ambos ficam no estado do Amazonas.

O Ministério da Saúde informou que, até as 11h desta segunda-feira (10), 53% dos profissionais com registro no Brasil que se inscreveram no edital de convocação do Mais Médicos já tinham se apresentado ou iniciado suas atividades nas localidades escolhidas. Eles somam 4.508 médicos, de acordo com o balanço divulgado hoje pela pasta.

O prazo final para que os médicos inscritos se apresentem nos municípios é sexta-feira (14). O dia de início do trabalho será definido com o gestor local.

Na próxima segunda-feira (17), será feito um novo balanço das vagas disponíveis, incluindo a soma das desistências verificadas até dia 14 e as vagas para as quais não houve inscritos.

Nos dias 18 e 19, os médicos com registro no país terão mais uma chance para escolher vagas nos municípios que ainda estiverem disponíveis.

Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde também informou que, caso haja muitas desistências e as vagas não sejam preenchidas, serão feitas novas chamadas até que se complete o quadro de vagas do programa.

Médicos sem CRM

Para participar do Mais Médicos, os médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior e que não têm registro profissional no Brasil precisam atender à exigência de apresentar 17 documentos ao Ministério da Saúde, entre eles o reconhecimento da instituição de ensino pela representação do país onde os profissionais se graduaram.

Os interessados terão prazo de amanhã (11) até sexta-feira (14) para se cadastrarem no sistema e tornarem-se aptos para validar a inscrição junto ao Ministério.

A partir do dia 20, médicos brasileiros sem registro no país poderão se inscrever para as vagas disponíveis. No dia 26, as vagas remanescentes serão abertas também aos estrangeiros formados no exterior.

Para consultar o cronograma de inscrição no Mais Médicos, acesse o link do programa.

O programa

O Mais Médicos foi criado em 2013 para ampliar o acesso ao atendimento médico na atenção básica de saúde no Brasil ao levar médicos para regiões carentes de profissionais. Com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas, o programa atende 63 milhões de brasileiros.

Os profissionais do Mais Médicos ganham R$ 11,8 mil de bolsa-formação e recebem ajuda de custo inicial entre R$ 10 mil e R$ 35 mil para deslocamento ao município em que vão trabalhar. Além disso, todos têm moradia e alimentação custeadas pelas prefeituras.

Desde o ano passado, a bolsa dos médicos participantes é reajustada anualmente. Os profissionais também receberam um acréscimo de 10% no valor dos auxílios para moradia e alimentação de profissionais alocados em DSEIs.

Saída de cubanos

Em novembro, o governo de Cuba informou o rompimento do acordo de cooperação com o governo brasileiro para o programa Mais Médicos, alegando discordância das exigências feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como a necessidade de seus profissionais se submeterem ao Revalida - prova de verificação de conhecimentos.

Com a saída dos cubanos, foram abertas mais de 8,5 mil vagas no programa.

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