Brasil

1 em cada 5 brasileiros come doces 5 ou mais vezes na semana

"Estamos expondo essa população a um risco expressivo para diabete", afirmou a diretora de Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde


	Doces: em pesquisa, 7,4% dos entrevistados disseram ter diagnóstico médico de diabetes
 (Thinkstock)

Doces: em pesquisa, 7,4% dos entrevistados disseram ter diagnóstico médico de diabetes (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 17h41.

Brasília - Um em cada cinco brasileiros consome doces cinco ou mais vezes por semana. O problema maior ocorre entre a população jovem, revela estudo feito pelo Ministério da Saúde: 28,5% das pessoas entre 18 e 24 anos consomem esses produtos com regularidade.

"Estamos expondo essa população a um risco expressivo para diabete", afirmou a diretora de Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho de Souza.

Na pesquisa, coordenada pelo Ministério da Saúde nas capitais do País e no Distrito Federal, 7,4% dos entrevistados disseram ter diagnóstico médico de diabetes.

O porcentual é maior do que o identificado pelo mesmo estudo em 2006, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez. Naquele ano, 5,5% dos entrevistados afirmavam ter diagnóstico da disfunção.

O trabalho indica que a diabete é mais frequente entre mulheres e se torna mais comum com o passar da idade.

"Claro que isso não é um destino. Várias estratégias podem ser adotadas para tentar impedir esse desfecho", disse Maria de Fátima. Entre as medidas estão a prática da atividade física, o combate ao sobrepeso e à obesidade.

O Vigitel confirma ainda uma tendência já vista em vários países: o aumento dos casos de diabete entre pessoas de menor renda.

O trabalho brasileiro mostra que a disfunção atinge sobretudo pessoas com baixa escolaridade. "Consequentemente, de menor salário", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Em 2015, as taxas da doença entre pessoas entre 0 e 8 anos de estudo que se declararam diabéticas foi de 13,5%. Um porcentual bem mais alto do que o identificado com pessoas de 12 anos ou mais de escolaridade: 3,7%.

"Esse grupo assistiu também ao longo de 10 anos um aumento das taxas, mas muito menos expressivo", observou a diretor. Em 2006, 2,8% dos entrevistados com maior escolaridade se diziam diabéticos.

Rio e Porto Alegre são as capitais que apresentaram maiores indicadores de pessoas que se declaram com a doença. No Rio, 8,8% dos entrevistados disseram ser diabéticos, enquanto em Porto Alegre a taxa foi de 8,7%.

São Paulo apresentou o quinto maior porcentual: 7,7% disseram ter o problema. Palmas teve o melhor indicador: apenas 3,9% dos entrevistados afirmaram ser diabéticos. Maria de Fátima observou, no entanto, que os números devem ser avaliados com certo cuidado.

"É preciso levar em conta também o acesso ao diagnóstico", disse. Maiores taxas, completou, podem estar associadas a locais onde a oferta de atendimento seja facilitada.

Acompanhe tudo sobre:DiabetesDocesDoençasMinistério da SaúdeSaúde no Brasil

Mais de Brasil

Inmet emite alerta de 'grande perigo' enquanto chuva atinge 18 estados; veja previsão

Após sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’, Lula cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Coalizão lança manifesto assinado por mais de 60 entidades contra decisão de Zuckerberg sobre Meta

Ministro da Defesa reforça apoio às investigações do 8/1: ‘Essa será a grande festa’