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SuperAgro: o novo peso do ESG na concessão de crédito rural

Na edição desta semana do podcast SuperAgro, Carlos Aguiar, diretor de Agronegócios do Santander, analisa as mudanças na política de financiamento rural das instituições financeiras e do Banco Central

SuperAgro: podcast discute resolução do Banco Central sobre o impacto de critérios ESG no financiamento rural (Jaelson Lucas/AEN/Agência Senado)

SuperAgro: podcast discute resolução do Banco Central sobre o impacto de critérios ESG no financiamento rural (Jaelson Lucas/AEN/Agência Senado)

CA

Carla Aranha

Publicado em 23 de julho de 2021 às 13h55.

Última atualização em 9 de agosto de 2021 às 15h40.

As discussões sobre a incorporação de critérios de sustentabilidade na avaliação de risco de crédito rural seguem a todo o vapor. O Banco Central lançou uma consulta pública este ano para a definição de parâmetros de ESG no agro que deverão impactar a concessão de financiamento. A expectativa é que a nova regra entre em vigor na safra 2021.

Na prática, os produtores rurais que adotarem práticas relativas à baixa emissão de carbono deverão ter acesso a condições melhores de crédito. Não que isso seja uma novidade no agro -- a diferença é que, agora, a política deverá ser estendida a todas instituições financeiras.

O Santander já utiliza critérios de sustentabilidade para negociar empréstimos junto a cooperativas agrícolas e grandes empresas do setor. Iniciativas como a revitalização de nascentes podem gerar descontos na taxa de juros. Do mesmo modo, problemas relacionados ao desmatamento podem representar um alterta vermelho para a liberação de financiamento.

Os novos critérios para condições de financiamento do agronegócio são o tema deste episódio do podcast SuperAgro, que traz semanalmente os desafios, as oportunidades e os grandes personagens do agronegócio brasileiro. Carlos Aguiar, diretor de Agronegócios do Santander, é o entrevistado desta edição. 

"A iniciativa do Banco Central visa ranquear os produtores de acordo com critérios de sustentabilidade", diz Aguiar. "Isso pode gerar polêmica e por isso existe um debate muito grande no BC e na Federação Brasileira dos Bancos sobre como isso vai ser feito".

As conversas continuam. "Hoje, estamos no ponto de discutir os critérios objetivos que vão definir quem é mais sustentável ou menos", afirma Aguiar. O mercado também discute a conveniência de certificadoras e auditorias especializadas realizarem inspeções e monitoramentos nas propriedades rurais. "Todo mundo sabe que produtor que adotar práticas sustentáveis vai ter um fluxo de caixa melhor e será mais produtivo no longo prazo. Agora, isso também irá influenciar o spread bancário".

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