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Startups do clima retomam aportes

Análises mostram que investimentos foram retomados em 2024, depois de queda em 2023

Em 2024, a captação já está em US$ 3,4 bilhões arrecadados até 25 de junho
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Publicado em 29 de agosto de 2024 às 14h00.

Última atualização em 29 de agosto de 2024 às 15h32.

A captação de recursos para as chamadas “startups do clima” — empresas de tecnologia climática — está em alta em 2024, com o valor total de aporte em julho já a caminho de exceder os números totais de 2023. Os dados são do relatório Emerging Tech Research, da plataforma Pitchbook.

O ano de 2022 foi o pico para captação de recursos de capital de risco em tecnologia climática, atingindo US$ 18,7 bilhões – valor bem superior aos US$ 8,8 bilhões de 2021.

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Em 2024, a captação já está em US$ 3,4 bilhões arrecadados até 25 de junho – o que pode parecer pouco em relação a 2022, mas trata-se de um número que já se aproxima do total captado por esse perfil de empresa em 2023: US$ 3,9 bilhões.

Segundo a análise publicada no relatório, o investimento de venture capital em startups do clima viu picos e vales nas últimas décadas, com uma onda de interesse inicial de 2006 a 2011, seguida por um período de baixo investimento até cerca de 2017 — quando o investimento começou a aumentar, atingindo um pico em 2021 e 2022.

O pico de investimentos em 2021 e 2022, segundo o relatório, foi impulsionado pelo crescimento na aceitação global das mudanças climáticas, um rápido aumento nas promessas e compromissos de governos, cidades e grandes empresas, e mudanças na regulamentação e política que expandiram significativamente o suporte disponível para adoção de tecnologias climáticas.

Depois, os aportes nesse tipo de startup caíram drasticamente em 2023 porque o ambiente geral de arrecadação de fundos de venture capital se tornou mais desafiador, indica o relatório. Um período de altas taxas de juro diminuiu a atividade de negócios e a saída dos investidores.

De forma geral, os fundos de tecnologia climática são segmentados em quatro categorias:

A maioria dos fundos se enquadra na ampla categoria de tecnologia climática. Pouco mais de 50% dos fundos nessa categoria são administrados por empresas sediadas nos Estados Unidos, com o Reino Unido como o segundo local mais comum, indicam os dados do relatório.

As outras categorias têm representação similarmente alta de fundos sediados nos Estados Unidos, embora energia limpa tenha quase tantos fundos sediados na China quanto nos Estados Unidos.

Um outro relatório, o 2024 Future of Climate Tech Report, do Silicon Valley Bank, aponta que a queda no investimento vista em 2023, juntamente com os modelos de negócios intensivos em capital da tecnologia climática, deixaram 60% das startups do setor com menos de 12 meses de fluxo de caixa — em comparação a 53% para todas as empresas de tecnologia.

Como resultado, aponta o documento, as empresas estão colocando uma ênfase maior na lucratividade. Setenta e seis por cento das empresas de software de tecnologia climática estão vendo melhorias na margem Ebitda ano a ano e 65% das empresas de hardware de tecnologia climática também estão vendo ganhos.

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